Após ser atacado por ministro de Lula, iFood disse ter concordado com proposta de acordo regulatório
O serviço de entrega por aplicativo iFood decidiu responder aos ataques feitos pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Segundo a empresa – ao contrário das acusações sofridas – o iFood disse que a companhia “sempre esteve disposta a negociar com o governo” sobre um eventual projeto de regulamentação.
“Diante das afirmações feitas na cerimônia realizada no Palácio do Planalto, nessa segunda-feira, 4 de março, o iFood esclarece que não é verdadeira a fala do Ministro Luiz Marinho de que a empresa não quer negociar uma proposta digna para entregadores”, afirmou o iFood.
A companhia – que atua exclusivamente por app – ainda destacou ter participado, inclusive, do grupo de trabalho organizado pelo governo Lula, mas que as negociações teriam sido encerradas antes de uma conclusão.
“O iFood participou ativamente do Grupo de Trabalho Tripartite (GT) e negociou um desenho regulatório para os entregadores até o seu encerramento. A última proposta feita pelo próprio Ministro Marinho, com ganhos de R$17 por hora trabalhada, foi integralmente aceita pelo iFood. Depois disso, o governo priorizou a discussão com os motoristas, que encontrava menos divergência na bancada dos trabalhadores”, concluiu.
Ministro de Lula atacou o iFood: “modelo de negócio explorador”
Na segunda-feira (4), o ministro Luiz Marinho atacou o iFood, dizendo que o serviço explorava seus funcionários.
“Espero que, a partir desse projeto de lei, inclusive, influencie os demais segmentos para que a gente possa voltar à mesa”, declarou Marinho. “Não adianta o iFood mandar recado. E olha que manda recado, viu, dizendo: ‘Nós queremos conversar’. Nós conversamos um ano inteiro. Mas o fato é que iFood e as demais, Mercado Livre, enfim, diziam que o padrão dessa negociação não cabe no seu modelo de negócio. Porque é um modelo de negócio altamente explorador”, ressaltou o ministro.