Haddad atribuiu avaliação positiva da Fitch sobre a economia, à harmonia entre Lula, ministros do STF e presidentes da Câmara e Senado. Já na semana passada, o ministro havia culpado o Banco Central pela desaceleração do PIB
Desde que assumiu o Ministério da Fazenda, Fernando Haddad (PT) já se contradisse inúmeras vezes sobre o estado atual da economia brasileira. Durante a transição da gestão Bolsonaro, o petista declarou que “havia uma desaceleração já esperada” desde 2022.
“Uma razão evidente de que houve uma reação do Banco Central às atitudes do governo anterior no período eleitoral, que ensejou aumento da taxa de juros, o que explica essa desaceleração”, analisou.
A mais recente declaração de Haddad foi no sentido oposto. Após a agência de classificação de risco Fitch subir a nota de crédito do Brasil para “estável”, o comandado de Lula afirmou que o resultado “era fruto da harmonia entre o executivo, legislativo e judiciário”.
“Eu reputo esses resultados à harmonia entre os Três Poderes. A chamada crise econômica que o Brasil vive é um desdobramento de uma crise política. Se acertarmos o passo na política, no diálogo, vamos superar essa situação e voltar a crescer com sustentabilidade social, ambiental e fiscal”, afirmou Haddad.
Haddad culpou Roberto Campos Neto pela queda do PIB
Tal fala otimista do ministro caminha, novamente, no sentido oposto ao comentário anterior sobre o desempenho econômico do país. No último dia 17, Fernando Haddad culpou o Banco Central pelo prognóstico de queda do Produto Interno Bruto (PIB).
“A pretendida desaceleração da economia pelo Banco Central chegou forte, e a gente precisa ter muita cautela com o que pode acontecer se o juro real for mantido na casa de 10% ao ano. Está muito pesado para a economia”, acusou.