Reunião entre Lula e parlamentares do centrão foi marcada pela promessa de retomada do calendário de emendas para 2024
No mesmo dia em que o pedido de impeachment contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi oficialmente protocolado na Câmara, uma reunião que contou com a participação de Arthur Lira (PP-AL), líderes partidários do centrão e o próprio presidente marcou a “volta do diálogo” entre os poderes. O fator decisivo para as “pazes” serem feitas foi a promessa de “manter o calendário” de pagamento emendas parlamentares.
Segundo o deputado federal Gervásio Maia, que lidera o PSB na Câmara, o encontro serviu principalmente para “selar compromissos”, que incluíram a promessa de aumentar a “interlocução” do Executivo com o Legislativo.
“Lula vai manter uma proximidade maior para entender melhor o que está acontecendo em cada região”, revelou Maia.
Na reunião, Lula também prometeu manter o calendário de liberação de emendas parlamentares, que havia sido vetado em janeiro na sanção da LDO – a Lei de Diretrizes Orçamentárias. A informação foi confirmada pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT-SP).
“O governo vai construir um cronograma de execução das emendas ao longo do ano como a gente sempre faz”, prometeu Padilha, destacando que a data-limite para os pagamentos será 30 de junho.
Oposição protocola impeachment de Lula
Enquanto o presidente reforçava os “laços de amizade” com o centrão, deputados de oposição e parte da base governista protocolavam o pedido de impeachment contra Lula. O principal motivo alegado foi a declaração do presidente contra Israel, que configurou, segundo os parlamentares, “crime de responsabilidade. Encabeçado pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o pedido contou com 142 assinaturas ( contabilizado até o fim da noite de quinta-feira) – um recorde histórico nacional.
