Aliança Democrática, de Luís Montenegro, assumirá o poder, mas deve governar com minoria na Assembleia da República de Portugal
Depois da Itália, mais um país com forte conexão com o Brasil decidiu alterar o perfil ideológico de seu governo. A vitória nas eleições gerais de Portugal, realizadas de forma antecipada no domingo (10), ficou com a Aliança Democrática, composta por integrantes de centro-direita. A legenda tomará o lugar do Partido Socialista pela primeira vez desde 2015.
Com mais de 99% dos votos apurados, a Aliança Democrática de centro-direita ficou em 1º lugar, com 79 dos 230 deputados, seguido pelo Partido Socialista da esquerda portuguesa, com 77. Já o partido Chega, formado exclusivamente por políticos de direita, acabou em 3º com 48 deputados.
A relação de eleitos no final de semana ainda conta com mais 13 deputados de partidos de esquerda, 8 de direita e 1 independente. Os dados foram compilados e divulgados pela Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna de Portugal.
Novo governo de Portugal não se unirá ao Chega
Com a Assembleia legislativa da República definida, resta ainda ratificar a escolha do primeiro-ministro, que deverá ser Luís Montenegro. Caso seja eleito chefe do Executivo, Montenegro irá substituir André Costa, do Partido Socialista, que renunciou após escândalos de corrupção.
O líder da Aliança Democrática afirmou, entretanto, que não se unirá ao partido Chega, de André Ventura – o que mais cresceu nas eleições – para cumprir uma promessa de campanha.
Ventura, vale lembrar, declarou que Lula seria “persona non grata” em Portugal, caso ele vencesse as eleições.