“Efeito Bolsonaro” faz Lula chamar organizadores de “fascistas e negacionistas,”
Uma das bandeiras do terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sido a busca pela ‘paz’ entre Rússia e Ucrânia. O mesmo não pode ser dito em relação a sua gestão e os produtores do agronegócio. Durante lançamento do Plano Plurianual Participativo (PPA) realizado em Salvador, Bahia, Lula voltou a usar a palavra “fascismo” para se referir a Agrishow, a maior feira do segmento da América Latina.
“Os fascistas e negacionistas quiseram que o meu ministro da Agricultura (Carlos Fávaro) não fosse na feira”, relembrou Lula. “Eu disse a ele: ‘Não fique nervoso que o agronegócio não é só isso’. Quero dizer que hoje recebi um convite e vou vir numa feira [de agronegócio] aqui na Bahia só para fazer inveja aos maus-caráteres de São Paulo que não quiseram deixar meu ministro participar”, prometeu.
Após breve checagem de fatos, os organizadores da Agrishow não desconvidaram o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro do evento. Houve apenas a recomendação de que sua participação fosse transferida para o segundo dia da feira. O motivo foi o convite a Jair Bolsonaro feito pelo governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos).
O ataque de Lula a integrantes do agronegócio brasileiro não é inédito. Durante sua campanha presidencial, em agosto de 2022, o petista disse em sabatina no Jornal Nacional que o setor atuava de “forma fascista”.
“O agronegócio, sabe, que é fascista e direitista.. È contra o meio ambiente”, declarou.
Como o Paradoxo BR mostrou, a Agrishow 2023 foi um sucesso comercial, registrando novo recorde em transações comerciais. A participação de Jair Bolsonaro foi um dos destaques, atraindo milhares de visitantes ao evento.