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Dossiê Covid-19: As informações da ciência que o Ministério da Saúde tenta esconder

Dossiê Covid-19

Dossiê Paradoxo BR revela informações comprovadas por órgãos de saúde sobre sequelas causadas por vacinas. Ministra da Saúde promete “cruzada” contra médicos e influenciadores que falaram contra os imunizantes

 

Em uma medida que flerta com o autoritarismo, a ministra da Saúde, Nisia Trindate, prometeu em entrevista concedida à Folha de S. Paulo que sua pasta “não irá tolerar” ataques às vacinas contra a covid-19.

A intenção da ministra – e presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – é pegar carona no “PL da Censura” e agir em um grupo de trabalho ao lado de outros três órgãos federais: Secretaria de Comunicação (Secom), Advocacia-Geral da União (AGU) e Ministério da Justiça e Segurança Pública. A missão desse GT será punir legalmente médicos e influenciadores que ousaram citar problemas causados pelos medicamentos.

“Condutas criminosas de médicos e de outras pessoas terão de ser punidas. São pessoas que vão às redes falar absurdos, que as pessoas vão morrer se tomar a vacina ou ter alguma sequela”, ameaçou a ministra, que é socióloga de informação.

Dossiê Covid-19: Ministério da Saúde “ignorou” recomendações sobre vacina

Embora Nísia Trindade afirme que depoimentos contrários às vacinas sejam “absurdos”, e ainda deboche das “possíveis sequelas” causadas pelos imunizantes, já existe material suficiente para refutar as acusações da ministra – que a propósito, não possui graduação em medicina.

Já no início de 2021, uma reportagem da revista Time alertava, ainda que de forma tímida, sobre a decisão de países europeus como França e Alemanha abandonarem a AstraZeneca, após aparecimento de coágulos sanguíneos (alguns com consequências mortais) em imunizados com a vacina.

Na mesma matéria, a Time indicava que em uma região do planeta onde a democracia não era o regime dominante a AstraZeneca continuaria a ser injetadas em pacientes. No caso, a Venezuela.
Apesar do negacionismo de mídia, agências reguladoras e outras organizações militantes, mais 16 países se uniriam a franceses e alemães naquele ano para suspender a vacina até que estudos mais apurados fossem concluídos.

Os europeus a tomarem a decisão drástica quando uma austríaca de 49 anos, morreu logo após tomar uma dose de AstraZeneca. A causa do falecimento foi “desordem severa de coagulação sanguínea”.

A sequência de notícias ruins ficaria pior após a CNN revelar que a Fiocruz planejava construir uma espécie de bunker para armazenar contratos com a AstraZeneca. Mais sobre a Fiocruz à frente.

Fiocruz teria superfaturado compras e salários durante a pandemia

Ações de caráter agressivo do governo Lula logo após a posse em relação à pandemia de covid-19 tem sido, no mínimo, polêmicas. Logo após a Organização Mundial de Saúde declarar fim do estado de emergência global para a doença no início de maio, a ministra Nísia Trindade afirmava exatamente o contrário.

“Ainda temos que ter cuidados, inclusive nos vacinando contra a Covid-19, o que em muitos países passou a compor o calendário anual, a exemplo da vacinação contra a influenza”, escreveu a ministra no Twitter em 7 de maio.

A declaração de Nísia Trindade pode ser apenas uma tradução do empenho de sua pasta em combater o coronavirus no Brasil. A insistência em não deixar o clima de pandemia morrer, entretanto, remete a casos suspeitos ligados à fundação que ela mesma preside desde 2017.

No final de 2022 – dias antes da posse de Nísia Trindade no governo petista – uma reportagem do jornal Metrópoles mostrava “problemas no paraíso” da Fiocruz.

Segundo auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), houve superfaturamento de R$ 12,9 milhões na importação de ventiladores pulmonares e aventais durante a pandemia.

Além dos equipamentos, salários de seus funcionários apareceram com irregularidades, totalizando excesso de R$ 1,7 milhão na folha de pagamento entre maio e outubro de 2020.

O órgão também identificou que os salários de técnicos de enfermagem teriam sido superfaturados em pelo menos R$ 1,7 milhão entre maio e outubro de 2020.

“Brasil Contra Fake” x Ciência

Como o Paradoxo BR mostrou na matéria “Site de Lula vira advogado de grandes farmacêuticas”, o governo Lula prometeu classificar como fake news qualquer tipo de divergência com imunizantes de covid-19. O site Brasil Contra Fake, da Secom, foi inaugurado com conteúdo rico sobre o tema.

Entretanto, logo após a estreia do caça-notícias falsas do ministro Paulo Pimenta, apareceram mais evidências que as vacinas ofereciam riscos e não eram à prova de erros, como o governo pregava.

No texto, o Paradoxo BR cita um estudo publicado pela Associação Americana do Coração (AHA) sobre o crescente número de óbitos em pacientes jovens causados por efeitos colaterais cardíacos causados por vacinas contra a covid-19.

“Miocardite é mais comum após síndromes respiratórias causadas pela infecção causada por covid-19 do que pela vacinação. Entretanto, os riscos gerados em pessoas mais jovens após doses repetidas ainda é incerto.”, apontou o órgão.

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