O ex-presidente Donald Trump voltou ao centro do debate político nos Estados Unidos. Depois de afirmar que poderia ser preso na última terça-feira (28), o Republicano recebeu a notícia de ter sido indiciado por um grande júri do condado de Manhattan, em Nova York.
A acusação sofrida remete ao ano de 2016, antes de sua chegada à presidência. Trump, segundo a justiça, teria pago suborno à atriz de cinema adulto, Stephanie Clifford, para que ela não revelasse supostas relações íntimas com o então candidato à Casa Branca. Juristas e simpatizantes acreditam que se trata de perseguição política contra o ex-presidente.
Segundo as leis dos EUA, o acordo financeiro de confiabilidade não seria considerado crime. Porém, a justiça poderá considerar que o suposto pagamento feito por meio de um advogado do ex-presidente Donald Trump, teria ocorrido dois dias antes da disputa eleitoral de 2016.
Donald Trump: a repercussão sobre o indiciamento do ex-presidente
Ivanka Trump, filha do ex-presidente, afirmou pelas redes sociais que ela está sofrendo pelo indiciamento de seu pai. “Amo meu pai e meu país. Estou sofrendo por ambos. Agradeço a todas as vozes que estão nos apoiando pelo espectro político”, declarou.
O pré-candidato à presidência pelo partido Republicano, Vivek Ramaswamy, também se pronunciou sobre Trump, alertando para um eventual “desastre nacional”.
“Seria muito conveniente para as pessoas que disputam com Trump se ele ficar impedido de concorrer”, comentou Vivek. “Porém, eu falo como americano. Isso seria um desastre nacional. Viver num país onde o partido que está no poder usa poder de polícia para prender seus oponentes políticos”, concluiu o ativista.
Já o ex-advogado-geral dos EUA, Bill Barr, admitiu que possa haver um plano por trás do indiciamento de Donald Trump.
“Não sabemos exatamente o que existe por trás sobre o ex-presidente Trump. Mas julgando pelo que já foi divulgado…é o arquétipo abuso de poder se envolvendo em situações políticas”, afirmou Barr.