O Dólar Malbec chegou. Com índice inflacionário anual ultrapassando os 100%, a Argentina se prepara para anunciar uma nova ação “criativa” para tentar driblar a forte crise econômica que abala a nação vizinha há quase quatro anos.
O país do presidente – e amigo pessoal de Lula – Alberto Fernández irá adotar um sistema de câmbio batizado como “dólar Malbec”, direcionado ao comércio de vinhos – um dos produtos mais fortes da Argentina, sendo a 6ª maior produtora mundial.
Segundo o Banco Central argentino, o “dólar Malbec”, implicará uma taxa de câmbio diferenciada válida a partir de 1º de abril. Ela pretende reverter um imposto de exportação de 4,5% cobrado sobre as exportações do país no setor de vinhos, além de significar mais recursos em Pesos para os produtores. O valor da cotação ainda não foi determinado.
Dólar Malbec e mais 14
Além do novo “dólar Malbec”, os argentinos contam hoje com 14 tipos de taxas cambiais relacionadas à moeda norte-americana.
Dólar do atacado
A taxa de câmbio oficial usada pelo Banco Central Argentino
Dólar de varejo
Vendido pelos bancos a partir de comprovação da finalidade da moeda.
Dólar solidário
Conta com imposto de 65%, baseado no dólar de varejo.
Dólar paralelo (blue)
Taxa informal (ilegal), mas bastante popular entre os cambistas que operam sem medo das autoridades.
Dólar turismo
Usado para compras no cartão de crédito no exterior.
Dólar turismo para estrangeiros
Cotação limitada de US$ 5 mil por pessoa. Liberada para troca por Pesos no mercado legal.
Dólar-bolsa
Usada no mercado de ações
Dólar (CCL)
Para transações com títulos com liquidez em 48 horas.
Dólar cripto
Operações com criptomoedas
Dólar ‘Netflix’
Usado para transações de serviço de streaming pagos por cartão de crédito.
Dólar soja ou dólar de exportação
Exportadores que recebem pagamentos em dólares.
Dólar Senebi
Compra de títulos à vista, com variações nas corretoras de câmbio.
ADR em dólares
Para ações simultâneas, com pesos e dólares, no exterior.
Dólar Cedear
Usados na compra de títulos em pesos