Disputa entre Randolfe Rodrigues e Rogério Marinho é destaque do primeiro da definição de componentes da CPMI do 8 de Janeiro
A CPMI do 8 de Janeiro mal foi instalada e já gera conflitos entre a base governista e a oposição, autora do pedido de investigação sobre os incidentes na sede dos três poderes.
Depois de o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) – que lidera o governo na casa – articular uma manobra para conseguir mais cadeiras nas sessões da CPMI, o também senador, Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, apresentou uma ‘questão de ordem’ contra o ato.
Randolfe Rodrigues, sem sobreaviso, tinha movido o partido Rede do bloco Democracia para o bloco Resistência Democrática, com a intenção de obter 6 ao invés de 5 cadeiras no colegiado.
“À moda Rodrigo Pacheco”, a resposta do pedido apresentado por Marinho só deverá vir na sessão de amanhã (27). Na hipótese do presidente do Senado não concordar com a questão de ordem, o governo Lula reinará soberano na CPMI, contendo 12 parlamentares contra 11 cadeiras no Senado Federal.
Disputa pela composição da CPMI nas duas casas
O trabalho nos bastidores para definir os integrantes da CPMI do 8 de Janeiro na Câmara já são intensos. Um dos fortes candidatos a assumir a relatoria é o deputado federal André Fufuca (PP-MA). Já o Senado deve ficar com a presidência, com a tendência de ser comandada por algum parlamentar governista.
O regimento interno do Congresso prevê que a CPMI seja formada por um número proporcional de deputados e senadores. Ao todo, serão 32 parlamentares titulares com o mesmo número de suplentes.
SENADO
PL e Novo (Bloco Vanguarda) − 2
PSDB, Rede, Podemos, MDB, União e PDT (Bloco Democracia) − 6
PT, PSB, Rede e PSD (Bloco Resistência Democrática) − 6
PP e Republicanos (Bloco Aliança) − 2
CÂMARA
Como o Paradoxo BR mostrou, a formação do superbloco de partidos organizada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) deverá ficar com o maior número de vagas. Os nomes dos participantes ainda serão definidos, mas já são conhecidos os partidos que formaram o grupo na casa.
União, PP, PSB, PDT, PSDB-Cidadania, Avante, Solidariedade e Patriotas (Superbloco): 5
MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC (Bloco): 4
PL: 3
PT: 2
Bloco do Psol e Rede: 1
Novo: 1