Desmatamento entre janeiro e março na Amazônia foi o 2º pior desde 2008, aponta Imazon
Dados apurados pelo satélite do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) apontaram que o desmatamento na região foi o segundo pior desde 2008, nos três primeiros meses do ano.
Segundo o monitoramento por imagens, foram derrubados 867 km² entre janeiro e março – uma área, segundo o Inmazon, correspondente a perda diária de mil campos de futebol.
Em março, oito dos nove estados que compõem a Amazônia Legal apresentaram aumento no desmatamento. A única exceção foi o Amapá.
“Os governos federal e dos estados precisam agir em conjunto para evitar que a devastação siga avançando, principalmente em áreas protegidas e florestas públicas não destinadas”, alertou o pesquisador Carlos Souza Jr., do Imazon.
“Há casos graves como o da unidade de conservação APA Triunfo do Xingu, no Pará, que perdeu uma área de floresta equivalente a 500 campos de futebol apenas em março”, apontou.
Apenas em março deste ano, o Imazon detectou 344 km² de desmatamento na Amazônia, um aumento de 180% em relação à março de 2022.
Desmatamento: Amazonas lidera derrubada de árvores em março
De acordo com a organização, o estado que mais sofreu desmatamento no mês de março foi o Amazonas. Na região, a devastação passou de 12 km², registrados em março de 2022, para 104 km² em março de 2023 – alta de 767%.
Outro destaque negativo do Amazonas ficou para Apuí, o município do estado que mais derrubou árvores em março, totalizando 49 km².
“Quando analisamos as categorias de territórios onde está ocorrendo o desmatamento na Amazônia, o Amazonas também tem sido destaque negativo em relação aos assentamentos e às terras indígenas. Em março, seis dos 10 assentamentos e quatro das 10 terras indígenas mais desmatados na região ficam no estado”, afirma Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon.