Deputado Zucco afirmou que uma das principais conquistas da comissão instalada na Câmara foi conseguir parar as invasões, logo após o início dos trabalhos. O presidente da CPI, entretanto, diz que a segunda fase das investigações será ainda mais abrangente
O presidente da CPI do MST – deputado federal Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS) – fez nesta quarta-feira (12) um balanço a respeito dos avanços atingidos depois de dois meses de trabalhos da comissão instalada na Câmara. Embora garanta estar satisfeito com o progresso, Zucco destacou que será preciso reforçar as ações da CPI logo após o retorno do recesso parlamentar, que acontece de 18 e 31 de julho.
Perguntado sobre a ação mais efetiva da CPI durante seus dois meses de atividades, Zucco apontou a paralisação momentânea das invasões de terra pelo país. “O resultado mais efetivo foi a paralisação das invasões”, destaca o deputado. “Desde o início da CPI – como já saiu em diversos meios de comunicação – elas findaram. Porém, elas não podem voltar após o término da CPI. Por isso, estamos trabalhando para trazer legislações que garantam mais segurança jurídica e paz no campo”, completou.
O presidente da CPI do MST também deixou claro que não é prerrogativa de “nenhum dito movimento”, como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), ditar as regras sobre propriedades privadas.
“Não cabe ao dito movimento social determinar se um terreno privado deve ou não ser invadido – muito menos, se a terra é ou não produtiva”, ressaltou Zuco, que promete se empenhar ainda mais na volta das atividades da Câmara. “Nesses dois meses de CPI, apontamos crimes como corrupção de menores e até cárcere privado”, revela
Deputado Zucco: Mais diligências em assentamentos irão ocorrer após o recesso
Segundo Zucco, um dos momentos centrais da comissão que investiga os bastidores do MST e outros grupos criminosos, foi a diligência organizada em 29 de maio pela CPI em terras invadidas pela Frente Nacional de Luta, comandada por José Rainha Jr, no Pontal do Paranapanema, interior de São Paulo.
“Chegando lá identificamos que era um acampamento ideológico, decorado com itens como banners de Che Guevara”, comenta. “Faremos ainda outras diligências para mostrar como atuam os movimentos criminosos no campo”, adiantou.
Embora esteja contente com os resultados parciais da CPI do MST , o deputado Zucco lamentou problemas enfrentados ao logo do caminho, tanto na justiça como nas ações do governo federal.
“Infelizmente, o judiciário demora para garantir uma reintegração de posse o do próprio governo para atuar. O próprio Lula veio a público dizer que não eram mais necessárias as invasões. Por isso, precisamos continuar a identificar esses pontos e barrar os criminosos que trazem insegurança jurídica para trazer uma nova realidade ao campo”, finalizou.