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Deputado Zucco: “É inadmissível que o governo Lula não atue contra as invasões do MST”

O deputado federal Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) falou com exclusividade na tarde desta segunda-feira (10) ao Paradoxo BR sobre as recentes declarações do líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), João Pedro Stédile, que prometeu conduzir mais invasões às propriedades do campo durante o chamado “Abril de Lutas” – mais conhecido como “Abril Vermelho”, em virtude dos casos de invasões violentas às propriedades privadas.

Nascido no município gaúcho de Alegrete, Luciano Lorenzini Zucco, é o responsável pela criação da CPI do MST, que já conta com o número necessário de assinaturas para ser instalada na Câmara dos deputados, em Brasília. O presidente da casa, deputado federal Arthur Lira (PP-AL) já sinalizou que a comissão poderá iniciar seus trabalhos nos próximos dias.

Segundo Zucco, João Pedro Stédile, que comanda a esfera nacional do MST, deverá ser o primeiro a ser convocado, assim que a comissão parlamentar de inquérito seja instalada na Câmara dos deputados.

Stédile usou suas redes sociais para atualizar o cronograma de atuações do MST pelo Brasil, com frases consideradas “criminosas” pelo deputado.

“Não basta eleger o presidente Lula. Queremos contribuir para resolver os problemas. Nossa missão é organizar os trabalhadores do campo para produzir alimentos saudáveis em forma cooperativa. Esse é o mínimo que podemos fazer“, declarou Stédile.

Mas isso passa pela necessidade de enfrentar o latifúndio e garantir o acesso à terra. Nada justifica que tenhamos grandes latifúndios improdutivos. (…)

Então, nesse mês de abril, nosso movimento fará muitas movimentações em defesa pela reforma agrária. Haverá movimentações em todos os estados. Sejam marchas, vigílias, ocupações de terra. As mil e uma formas de pressionar que a constituição seja aplicada e latifúndios improdutivos sejam desapropriados e entregues às famílias acampanadas“, completou o dirigente do MST.

Deputado Zucco acusa governo Lula de omissão

Segundo o deputado federal Tenente Coronel Zucco, o papel de Stédile e a inércia do governo Federal a respeito da organização invasora precisam ser investigados a fundo.

“Foi (um ato) criminoso”, aponta Zucco. “Simplesmente, já temos todos os motivos para instalar a CPI do MST. É inadmissível que este governo não atue fortemente contra essas invasões. Já são quase 40 invasões. Eles já invadiram o mesmo que em 4 anos de governo Bolsonaro. O que eles estão esperando para a gente instalar essa CPI? Alguma morte?”, questionou o parlamentar, que acredita ser preciso dar uma resposta tão forte quanto as declarações do líder do MST.

“Esse pronunciamento foi irresponsável e criminoso”, aponta Zucco. “E a gente precisa responder forte. A forma que o parlamento federal pode fazer isso é com uma investigação também forte: dos financiadores, de políticos que estão incentivando esses atos; das omissões de algumas pastas que não tomam nenhum tipo de atitude”, destacou o parlamentar. Recentemente, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT-SP) cogitou a hipótese de negociar com invasores das fazendas da Suzano Papel e Celulose, ocorrido no início de março, na Bahia.

Deputado quer respeito ao agronegócio

Em conversa com o Paradoxo BR, o deputado Tenente Coronel Zucco ainda afirmou que o agronegócio brasileiro precisa ser respeitado e que algumas autoridades do governo Lula, aparentemente, têm sido “coniventes” com as ações do MST.

“Espero que o agronegócio seja respeitado”, destacou Zucco.
“Espero que a gente possa investigar essa organização, que nada quer de reforma agrária. É um movimento que tem motivos ideológicos, financeiros e políticos”, apontou.

Questionado sobre a omissão do ministério da Justiça sobre as invasões e ataques promovidos pelo MST no governo Lula em relação aos atos do 8 de Janeiro, o deputado Tenente Coronel Zucco foi objetivo.

“São omissos. Coniventes. Estão prevaricando”, afirmou.
“É inadmissível – esta é a palavra – o que estamos vendo do governo Federal. Eles comemoram 100 dias de governo falando mal do Bolsonaro, mas em relação às invasões do MST não se pronunciam Isso se deve às promessas políticas que foram feitas em época de campanha, mas agora não devem estar entregando. Os cargos no Incra. Os investimentos em ONGs que estão reforçando a base do MST”, declarou.

“Amanhã tenho reunião na Frente Parlamentar da Agropecuária e vou falar com o presidente Pedro Lupion (PP-PR) e procurar o presidente (da Câmara) Arthur Lira, mas temos que instalar essa CPI imediatamente”, pontuou o deputado, lembrando que o líder do MST deverá ser o primeiro a ser questionado pela comissão quando instalada.

“João Pedro Stédile será o primeiro a ser convocado pela CPI”, adiantou.
“Quem dá autoridade para ele afirmar que invadirá fazendas em todos os estados da federação? Isso é um crime”, afirmou Zucco.

Claudio Dirani

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