O ex-presidente da CPI do MST compara de forma cirúrgica os invasores de terra – que destroem propriedades e usam da violência para intimidar trabalhadores – com os terroristas do Hamas
Jamais imaginei que as ações terroristas protagonizadas pelo Hamas contra Israel fossem mobilizar partidos, entidades e organizações em favor do grupo terrorista.
Notas oficiais em defesa da causa palestina, atos e manifestações de rua nas principais capitais do Brasil enaltecendo a “resistência” dos combatentes muçulmanos. Com direito a bandeiras e gritos de ordem.
Na minha modesta visão de mundo, o ataque covarde e sanguinário contra civis (homens, mulheres, idosos, crianças e bebês) deveria, naturalmente, receber uma dura reprimenda de toda a sociedade.
No entanto, ao longo dos dias que sucederam o ataque do Hamas a Israel, aconteceram coisas bizarras. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, um funcionário do alto escalão (salário de R$ 21 mil) filiado ao PCdoB fez uma postagem nas redes sociais zombando das vítimas do Hamas.
O comentário lhe rendeu protestos veementes em plenário e a imediata exoneração do cargo. Pediu e levou. Esse ambiente beligerante me fez recordar os embates acalorados que tivemos na CPI do MST.
“Mas não se enganem, a natureza do MST é exatamente a mesma dessas células terroristas”
Eu acredito que a expressão mais utilizada por todos durante os quatro meses de investigação foi “movimento terrorista” para se referir às ações criminosas promovidas pelos militantes contra os produtores rurais.
Nas diligências e audiências públicas tivemos a oportunidade de ouvir testemunhas a respeito do modus operandi de MST e FNL. Em muito se aproximam das táticas de guerrilha utilizadas pelas FARC ou Hamas.
Dessa forma, não causa surpresa alguma ver o MST apoiar de forma oficial o movimento terrorista Hamas. No dia 9 de outubro, o movimento solta uma nota em seu site oficial onde reitera “apoio total e irrestrito à luta do povo palestino pela sua autodeterminação e contra a política de apartheid implementada por Israel”.
No dia seguinte, o conteúdo foi apagado. Diante da pressão da opinião pública, eles preferiram recuar. Mas não se enganem, a natureza do MST é exatamente a mesma dessas células terroristas.
É preciso repudiar veementemente as cenas de barbárie perpetradas contra o povo judeu. Não nos esqueceremos de todos aqueles que apoiam e endossam a violação dos direitos humanos.
Luciano Zucco (Republicanos-RS) é deputado federal e foi presidente da CPI do MST
dep.zucco@camara.leg.br