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Deputado pressiona Rodrigo Pacheco a acatar impeachment contra Barroso

8 de Janeiro

Deputado Carlos Jordy (PL-RJ) afirmou que o presidente do Senado cometerá crime de prevaricação, caso não aceite o pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal. Pedido foi protocolado formalmente nesta quarta-feira (19)

A oposição ao governo Lula acredita que o senador e presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), será obrigado, ao menos, a colocar em votação o pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que acaba de ser protocolado nesta quarta-feira (19).

Na opinião do deputado federal, Carlos Jordy (PL-RJ), caso Pacheco não posicione, o parlamentar corre o risco de prevaricar. O pedido foi assinado por 63 deputados federais e 14 senadores.

Ao anunciar o protocolo, o senador Jorge Seif (PL-SC) declarou:

“Nós senadores e deputados, apresentamos pedido de impedimento do ministro Barroso. Em 5 de julho, na cidade de Porto Alegre [RS], [o ministro Barroso] afirmou que o Poder Judiciário tornou-se um poder político. Tão ou mais grave foram suas declarações aqui em Brasília, no último evento da UNE, onde o magistrado afirmou “nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, afirmou.

Senador Jorge Seif discursa sobre protocolo de impeachment contra Barroso

Já o deputado Carlos Jordy ratificou as palavras de Seif, apontando que agora não restaria mais nenhuma alternativa para o presidente do Congresso, a não ser acatar o pedido de impeachment.

“Não há alternativa a não ser Pacheco aceitar. O crime de responsabilidade é notório. Não dá mais para aguentar tantos desmandos. Deixar de aceitar esse pedido é prevaricar, é não cumprir a lei, é ser conivente com o desprezo pela Constituição”, apontou Jordy, que atua como líder da oposição na Câmara.

Deputado lista crime de “atividade político-partidária” cometido por Barroso

O pedido de impeachment contra Barroso  acusa o magistrado da Suprema Corte de ter violado a Lei 1.079 de 1950. A regulamentação veda qualquer atividade de cunho político-partidária a membros do STF. Apesar de ter reconhecido o “erro” de Luís Roberto Barroso, Rodrigo Pacheco já deu a entender em entrevista coletiva que não irá acatar a solicitação contra o ministro.

No dia seguinte à fala de Barroso no 59º Congresso da UNE, em que o ministro disse “nós derrotamos o Bolsonarismo”, o presidente do Senado criticou seu discurso, mas indicou que não irá “mexer no vespeiro”.

“Um ministro do Supremo Tribunal Federal deve se ater a seu cumprimento constitucional”, apontou Pacheco. Espero que haja por parte do ministro Barroso uma retratação, no alto de sua cadeira de ministro do STF, e prestes a assumir a presidência da Suprema Corte. Estamos em um esforço para acabar com o ódio para que tenha um país próspero”, ressaltou.

“Um impeachment é sempre uma ruptura, algo negativo. Espero que um pedido de impeachment que venha e seja eventualmente negado, não signifique concordância sobre determinadas posturas (como a de Barroso)”, concluiu.

(matéria atualizada às 16h40)

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