O jornalista português Sérgio Tavares foi questionado por 4 horas pela Polícia Federal sobre vacinas, urnas eletrônicas e os ministros Flávio Dino e Alexandre de Moraes
O deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) enviou na quarta-feira (28) um requerimento ao Ministério da Justiça e Segurança Pública para que o órgão explique os motivos de a Polícia Federal ter barrado o jornalista português Sérgio Tavares no último domingo (25), horas antes do manifesto na avenida Paulista, em São Paulo.
“Ele (Tavares) é um jornalista independente, de rede social. É contra isso que o governo Lula está se mobilizando?”, questionou o deputado.
“Não estou vendo a PF fazer grandes prisões de corruptos, agindo nas fronteiras. Isso é perseguição política e denota uma fraqueza tremenda”, reiterou.
Quem, em Brasília, mandou deter o jornalista português? Nem os estrangeiros que querem mostrar a realidade política do Brasil estão imunes ao totalitarismo. Pedimos desculpas ao povo português. Enviamos um requerimento ao ministro da Justiça para esclarecer os fatos.
— Luiz Philippe de Orleans e Bragança (@lpbragancabr) February 26, 2024
Jornalista promete revelar detalhes da censura no Brasil
Barrado durante quatro horas pela Polícia Federal, o jornalista português Sérgio Tavares afirmou que irá apresentar um relatório que comprova a ilegalidade de sua detenção pelas autoridades brasileiras. Tavares afirma que não foi questionado sobre a validade de seu visto, que o permitiria atuar no Brasil por 90 dias por ser um cidadão português e da União Europeia.
“Eu tenho o relatório comigo e vou torná-lo público, ao chegar em Portugal, onde não há nenhuma palavra sobre visto de trabalho”, afirmou Tavares, horas antes de pousar em Lisboa. Sérgio Tavares afirmou ter sido questionado sobre suas posições sobre a vacinação contra a covid-19 em crianças, além de opiniões sobre as urnas eletrônicas e os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino (STF).
“Vou dizer nome por nome, palavra por palavra. Acabou-se a impunidade. E todos serão punidos, nem que seja daqui a dez anos, vinte ou trinta anos”, afirmou o jornalista. “Eu vou garantir que a Europa e o mundo vão saber a verdade sobre o Brasil”, ressaltou.