Deputado Evair Vieira de Mello acusa autoridades de promoverem a prisão desnecessária de Silvinei Vasques. O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal estaria sendo usado para ofuscar os reais motivos das invasões em 8 de janeiro
O deputado federal Evair Vieira de Melo (PP) criticou a prisão do ex-diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques, acusado de interferir no segundo turno das eleições de 2022. Segundo o parlamentar, a prisão autorizada pelo STF é “midiática” e tem apenas a intenção de distrair a opinião pública sobre outros importantes acontecimentos que levaram à invasão da sede dos Três Poderes em 8 de janeiro. A informação é da Jovem Pan.
“Não há nenhuma necessidade, até porque tem endereço conhecido, já apresentou as informações disponíveis e passa-se a impressão de que é mais uma cena midiática para tentar ofuscar efetivamente os atos do dia 8.”, analisou.
Na visão de Evair Vieira de Mello, a PRF apenas cumpriu seu papel de fiscalizar com rigor as estradas. A atuação das autoridades aconteceu da mesma forma em todo o país, inclusive onde o então presidente Jair Bolsonaro tinha mais eleitores.
“A Polícia Rodoviária Federal cumpriu o seu papel. Vocês imaginam se tivesse acontecido uma tragédia ou um acidente que poderia ser evitado por uma possível investigação da Polícia Rodoviária Federal. Isso também seria debitado na conta da PRF”, ponderou o parlamentar.
Deputado comenta sobre prisão midiática de ex-diretor da PF e de mais 10 mandados de busca e apreensão
Com prisão autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, o ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, foi detido por agentes da Polícia Federal em Florianópolis, como parte da Operação Constituição Cidadã.
Em 30 de outubro de 2022, data de votação do segundo turno das eleições, Silvinei teria conduzido operações nas rodovias nordestinas que teriam “atrapalhado” a votação de eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva. Nenhuma prova do ocorrido ainda foi apresentada.
Além de Silvinei, as autoridades cumpriram mais 10 mandados de busca e apreensão no Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Santa Catarina e Rio Grande do Norte. Todas elas envolvem ex-diretores da Polícia Rodoviária Federal.