Defensoria pública e representantes dos direitos humanos cobram o governo paulista pela mortes de criminosos durante a Operação Escudo. Até o momento, já foram apreendidos quase 400 quilos de drogas e mais de 50 foram presos
Em nova tentativa de bloquear o combate ao crime organizado, a Defensoria Pública de São Paulo solicitou que a Secretaria Estadual de Segurança Pública acabe com a operação policial na região do Guarujá, litoral de São Paulo. As 16 mortes de criminosos computadas até o momento foram dadas como justificativa pelo órgão.
No ofício encaminhado ao governo paulista, as coordenadoras do Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos, Fernanda Balera, Surrailly Youssef e Cecilia Nascimento pedem que que a Secretaria da Segurança adote providências para que a ação seja imediatamente interrompida ou, caso haja alguma excepcionalidade que apresente justificativas.
As defensoras também solicitam que o documento seja apresentado ao Ministério Público, inclusive com a identificação dos responsáveis pelo comando da operação.
“Recomenda-se que esta Secretaria adote as providências necessárias para que a operação citada seja imediatamente interrompida ou, caso haja alguma excepcionalidade que a justifique, que seja devidamente apresentada por escrito, ao Ministério Público, inclusive com a identificação dos responsáveis pelo comando da operação”, aponta o ofício.
Defensoria Pública contra PM: entenda o embate
Como o Paradoxo BR mostrou, as reação da Defensoria Pública contra a operação policial acontece após a Polícia Militar iniciar a Operação Escudo, em represália ao assassinato de um soldado da Rota, Patrick Bastos Reis.
Além dos 16 criminosos abatidos e de 58 prisões, foram apreendidos 385 quilos de entorpecentes e 18 armas, como revólveres, fuzis e pistolas.