Cuba: o calote. Em documento vazado pela mídia brasileira, agentes envolvidos nas negociações já avisaram as autoridades brasileiras que não possuem recursos para honrar os compromissos com o BNDES e outros bancos de fomento
Antes mesmo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pousar em Havana, capital de Cuba neste sábado (16), já se sabe que a ilha comandada pelo ditador Miguel Diaz-Canel está preparada para oficializar um calote bilionário aos seus credores.
Atualmente, o governo de Diaz-Canel deve cerca de R$ 2,5 bilhões aos bancos públicos brasileiros, entre eles, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A informação é indicada em um documento do governo cubano e publicado pela Folha de S. Paulo.
De acordo com o texto publicado no jornal, durante uma reunião virtual organizada entre representantes do BNDES, empresários e dos governos brasileiro e cubano, preparatória à vista, um dos participantes do evento revelou que o vice-primeiro-ministro, Ricardo Cabrisas Ruiz teria confirmado a falta de recursos para quitar a dívida do país caribenho.
“Autoridades do país não possuem neste momento meios para o pagamento das suas obrigações. As autoridades teriam sinalizado esperar algum tipo de flexibilidade por parte do governo brasileiro —por exemplo, um haircut comparável ao recebido no tratamento da dívida do Clube de Paris em 2015 e, diante da escassez de dólares, uso de moedas alternativas ou recebíveis de commodities cubanas— para permitir a retomada dos pagamentos”, aponta o texto.
Lula oferecerá nova ajuda financeira à Cuba
Como o Paradoxo BR mostrou, o presidente Lula já deu indicações de que irá trabalhar para ajudar o governo cubano financeiramente, apesar dos débitos acumulados. Outros países como Venezuela, Nicarágua e nações africanas também estão na lista de devedores.