CPMI sofre nova baixa na Câmara. No dia em que a comissão parlamentar mista de inquéritos que pretende investigar os eventos do 8 de janeiro completou um mês de seu protocolo, o deputado federal Olival Marques (MDB-PA) decidiu retirar sua assinatura. Logo após a retirada do nome do documento, Olival Marques desativou os comentários em sua conta oficial do Instagram.
Com a desistência, Marques entrou para a lista “de vítimas” do longo período que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) tenta postergar a leitura do requerimento da CPMI no Congresso.
A CPMI dos atos de 8 de Janeiro foi protocolada pelo deputado André Fernandes (PL-CE) em 27 de fevereiro. Desde então, ela está parada no colo do chefe da mais impoortante casa legislativa.
Além de Olival Marques, abandonaram a causa os deputados Chiquinho Brazão (União-RJ), José Nelito (PP-GO), Geraldo Mendes (União-PR), Junior Lourenço (PL-MA), Max Lemos (Pros-RJ), Célio Silveira (MDB-GO), Detinha (PL-MA), Josimar Maranhãozinho (PL-MA).
Apesar da saída do emedebista da CPMI, o número de signatários ainda conta com bastante “gordura” para ser instaurada. Até o momento, 192 deputados federais e de 37 senadores concordaram em assinar a comissão.
CPMI: requerimento deverá ser lido por Pacheco até 14 de abril
Após reunião com o deputado federal André Fernandes, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que a leitura do requerimento da CPMI dos atos de 8 de Janeiro seria lida após o feriado da Páscoa, entre os dias 11 e 14 de abril.
Já o governo Lula prossegue com sua tentativa de obstruir as investigações dos parlamentares de oposição. Para tentar derrubar a CPMI, o executivo já ofereceu cargos de segundo escalão, principalmente aos partidos do centro como o União e o próprio MDB do deputado Olival Marques.
Além dos cargos de segundo escalão, a gestão petista também aumentou a oferta de recursos para os deputados que desistirem de instaurar a comissão nas duas casas legislativas.