CPMI do crime organizado no radar da Câmara. Após o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), afirmar que Jair Bolsonaro (PL-RJ) não investigou o PCC em seu mandato, O deputado federal Coronel Meira (PL-PE) solicitou a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar as recentes ações do Primeiro Comando da Capital (PCC), como o plano de sequestro do senador Sérgio Moro (União-PR).
Para ser lida e instaurada no Congresso, o documento precisará de 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores.
Após participar da audiência na Comissão de Constituição Justiça e Cidadania da Câmara, do deputado Coronel Meira explicou um dos temas centrais a serem investigados pela CPMI, caso conquiste o número necessário de adesões.
“O ministro da Justiça, Flávio Dino, não posicionou claramente para o povo brasileiro sobre quais são as medidas tomadas no caso”, apontou Meira. “O que a gente viu foi o presidente debochar de uma situação seríssima, um homicídio, tanto do senador, como de sua família e de outras pessoas, e vir dizer que foi uma armação”, criticou o parlamentar.
O deputado ainda explicou que já existe um frente mista preparada para iniciar as investigações sobre as ações do crime organizado, que incluem o PCC e os ataques de gangues nas cidades do Rio Grande do Norte.
“De imediato criamos a Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção, onde conseguimos em um mês todas as assinaturas”, revelou o deputado.
“Com a decorrência dos últimos fatos no Rio Grande do Norte, Ceará, na questão dos presídios, São Paulo – que está em uma situação séria – (…) tivemos reunião e entramos com uma CPMI (do crime organizado), composta por deputados federais e senadores”, justificou.
“O crime organizado está acabando com o Brasil. Hoje, não tem nenhum Estado que esteja livre do crime organizado”, conclui o parlamentar cearense à Jovem Pan.
CPMI do crime: Flávio Dino acusou Bolsonaro de omissão sobre PCC
Como o Paradoxo BR mostrou, o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou durante participação de audiência na CCJ que o principal responsável pela falta de investigações sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC) foi o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Bolsonaro era o presidente em 2019, em 2020, em 2021…e ele nada fez. Por isso, peço moderação (sobre a acusação). O sr. deputado, por exemplo, é investigado no STF. Ser investigado não é ser culpado”, afirmou Dino, rebatendo o questionamento de parlamentares de oposição sobre uma possível relação do PCC com o PT.