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CPMI do 8 de Janeiro: Leia a “cronologia das desculpas” de Flávio Dino

Dino

Após mais de um mês desde a solicitação feita pela CPMI, Flávio Dino afirmou que as imagens das câmeras de vigilância do Palácio da Justiça foram apagadas “por questão contratual”. Agora, os parlamentares prometem ir até as últimas consequências para obter o material

 

Nesta quarta-feira (30), o ministro da Justiça Flávio Dino apresentou uma nova versão sobre o destino das imagens capturadas pelas câmeras de vigilância do Palácio da Justiça em 8 de janeiro. Com frases recheadas de ironia, Dino disse que  os registros “não irão revelar nada de mais”.

Confira a saga das imagens que nunca chegaram à CPMI do 8 de Janeiro

11 de Julho – CPMI do 8 de Janeiro aprova requerimento para que as imagens do Ministério da Justiça sejam apuradas pela comissão. A primeira resposta demoraria quase duas semanas.

29 de Julho – Flávio Dino afirma que não entregará as imagens do Ministério da Justiça. Motivo: não poderiam ser compartilhadas por já estarem “em sede de investigação criminal”.

“Esta decisão administrativa visa preservar a autoridade do Poder Judiciário no que se refere ao compartilhamento de provas constantes de Inquéritos com eventuais diligências em curso”, 

31 de Julho – Após a má repercussão gerada pela recusa, Flávio Dino afirmou que “não houve negativa” e que bastava ter feito o pedido a quem presidia o inquérito.  

“As imagens estão em inquéritos policiais. Tem que cumprir o artigo 20 do Código de Processo Penal. Basta pedir para quem preside o inquérito. Portanto, não há negativa”.

3 de Agosto – O terceiro episódio da série “Imagens do Ministério em 8 de janeiro”, Flávio Dino declarou que iria ceder o conteúdo, caso o STF autorizasse. No caso, o relator do processo que indiciou quase 2 mil pessoas: o ministro Alexandre de Moraes (Vale o destaque que nenhuma CPI ou CPMI é subordinada ao Judiciário).

“Ontem, eu fui informado de que o Ministro Flávio Dino solicitou ao Supremo Tribunal Federal – no caso, diretamente ao Ministro Alexandre de Moraes – autorização para entregar essas imagens a esta CPMI e de que, sendo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal, ele fará esta entrega“, confirmou o presidente da comissão, Arthur Maia (PP-BA).

9 de Agosto –  Quase uma semana após a solicitação, Flávio Dino entrega à CPMI do 8 de Janeiro apenas o conteúdo de apenas duas câmeras de vigilância externa do Palácio da Justiça (mais tarde seriam comprovadas a existência de mais de 90). Em ambos os equipamentos nada de interesse das investigações. Parlamentares da oposição cogitaram periciar as imagens para apurar se houve edição.

CPMI do 8 de Janeiro: Parlamentares fazem queixa-crime contra Dino

15 de Agosto – Em virtude da procrastinação e entrega de apenas duas câmeras solicitadas pela CPMI, o senador Jorge Seif (PL-SC), além de outros 15 parlamentares, assinaram uma queixa-crime contra Flávio Dino à Procuradoria-Geral da República por “prevaricação e desobediência

“O papel central do ministro da Justiça nessa sucessão de eventos já justificaria os diversos requerimentos apresentados por membros da CPMI para a obtenção das imagens das câmeras de vigilância do Palácio da Justiça, mas a conduta do titular da pasta, ministro Flávio Dino, torna a entrega dessas imagens urgente e imprescindível”, afirmou Seif.

30 de Agosto – Duas semanas após a denúncia contra Flávio Dino, o ministro da Justiça decide falar à imprensa sobre as acusações sofridas. A entrevista acontece um dia após a CNN e R7 revelarem que o material das câmeras foi deletado. Em resposta, Dino confirmou que as imagens das demais câmaras do Palácio da Justiça foram apagadas “por questão contratual”. Segundo o ministro, o material foi apagado para liberar espaço na memória dos equipamentos.

“Cappelli (secretário-executivo da pasta) está há pelo menos uma semana, 10 dias, tentando de alguma forma recuperar o máximo possível de imagens. Agora, essas imagens vão mudar a realidade dos fatos? Não vão aparecer disco voador, não aparecer infiltrados, não vai aparecer esse terraplanismo. Esses que ficam falando de ‘omissão’ são amigos dos terroristas”, atacou Dino

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