CPMI do 8 de Janeiro será instalada dois meses após seu protocolo
Depois de postergar a leitura do requerimento da CPMI do 8 de Janeiro por mais de dois meses, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) autorizou a instalação da comissão de autoria do deputado federal André Fernandes (PL-CE) que pretende investigar todos os pontos considerados obscuros da invasão às sedes dos três poderes, em Brasília.
Pacheco cumpriu o protocolo na tarde desta quarta-feira (26), seguindo os eventos da semana passada, quando imagens veiculadas pela CNN Brasil mostraram o então chefe do Gabinete de Segurança Institucional de Lula, general Gonçalves Dias, interagindo com supostos vândalos no interior do Palácio do Planalto.
Após a divulgação das cenas, vazadas para a emissora, membros do governo. como o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), começaram a apoiar a instalação das investigações. “Investigar a gente sabe bem”, declarou o líder do governo no Senado, se referindo ao seu papel na chamada “CPI do Circo”, que investigou possíveis omissões do governo Bolsonaro durante a pandemia.
CPMI do 8 de Janeiro: os próximos passos
Segundo Rodrigo Pacheco, a previsão é de que os trabalhos da comissão parlamentar mista de inquérito (realizada por deputados e senadores) deverão ser iniciados a partir da semana que vem.
Antes disso, caberá aos partidos definirem os nomes dos integrantes da CPMI, incluindo as funções de presidente e relator.
De acordo com as normas do Congresso Nacional, o grupo misto deverá ser dividido entre 11 deputados federais e 11 senadores, além de o mesmo número de integrantes para a suplência. O relatório final das investigações deverá ser entregue à relatoria em um prazo de quatro meses, com possibilidade de ser prorrogado por mais dois meses.
A oposição deverá indicar como representantes da Câmara dos deputados, os nomes de André Fernandes (PL-CE), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Delegado Ramagem (PL-RJ).
Já a mesa diretora deve indicar os já conhecidos componentes da CPI da Covid, os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Humberto Costa (PT-PE) e Renan Calheiros (MDB-AL).