CPMI que investiga os incidentes do 8 de Janeiro foi marcada por perguntas, piadas e observações humilhantes durante interrogatório de Mauro Cid
A última sessão da CPMI do 8 de Janeiro antes do recesso do Congresso nesta terça-feira (11) foi marcada por momentos humilhantes, piadas de mau gosto, ataques à reputação do depointe, além da aprovação de quebra de sigilo bancário, fiscal e telemático do tenente-coronel Mauro Cid.
No final, pouco foi aproveitado pelo colegiado durante o interrogatório do ex-ajudante de Bolsonaro. O militar (preso há mais de 70 dias pela Polícia Federal) seguiu orientação de sua defesa, e não respondeu às perguntas feitas pela comissão.
CPMI: a cena mais constrangedora da sessão
A cena mais constrangedora da CPMI do 8 de Janeiro desta terça-feira aconteceu durante pergunta da relatora Eliziane Gama (PSD-MA).
Após questionar os motivos de Cid recebido na prisão o deputado Federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) e o assessor de comunicação de Jair Bolsonaro, Fábio Waijngarten, um dos parlamentares presentes gritou, dizendo o encontro teria sido “uma visita íntima”.
Em seguida, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) tentou repreender o comentário, mostrando certa indignação.
“Dizer que é visita íntima é um desrespeito ao depoente. Destacaram aqui atrás. É importante que se mantenha a linha aqui”, argumentou a senadora.