Embora tenha conquistado o direito de permanecer em silêncio na CPMI junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ministro-chefe do GSI, General Gonçalves Dias, preferiu apontar a Polícia Militar do Distrito Federal como responsável pelo “descontrole” na segurança e consequentes invasões às sedes dos três poderes em 8 de janeiro.
Em depoimento prestado nesta quinta-feira (31) à comissão, o “Sombra de Lula” negou ter ciência de eventuais invasões e ainda minimizou as acusações de ter solicitado fraude em documentos da Agência Brasileira de Inteligência. Nesse caso, G. Dias chegou a confessar ter pedido que tirasse seu nome do relatório sobre os alertas emitidos pela Abin entre 5 e 9 de janeiro.
Contudo, segundo o ex-ministro, a primeira intenção seria pedir ao diretor da Abin, Saulo Moura Cunha, que usasse o termo “GSI” e não seu nome como “pessoa física” no relatório.
“Sugeri que ele tirasse o meu nome. Se ele não tirasse…hoje, eu falo que, em vez de colocar meu nome, ele deveria ter colocado GSI. Não poderia colocar pessoa física, sendo que todos eram órgãos.”, declarou.
G. Dias negou provas apresentas à CPMI
Como o Paradoxo BR mostrou, a troca de mensagens entre a Abin e o GSI apontava riscos de invasões três dias antes do ocorrido. Na mesma conversa, G.Dias mostra estar ciente dos ataques e ainda solicita alterações no relatório que seria enviado ao Senado.