CPMI do 8 de Janeiro revela informação sobre violação dos direitos humanos. O coronel Jorge Eduardo Naime, que depôs ontem, confirmou que PGR ordenou sua prisão após denúncia infundada feita por sua ex-esposa
A ex-ministra do governo Bolsonaro, senadora Damares Alves (Republicanos-DF), chamou a atenção para o fato de que o ex-chefe de operações da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Jorge Eduardo Naime, está preso há mais de cinco meses, sem saber o motivo legal. Naime depôs na CPMI do 8 de Janeiro nesta semana e revelou que a principal razão de sua detenção teria sido provocada por acusações falsas de sua ex-mulher. Naime estava de férias na ocasião dos atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
“Eu estava de férias, eu tinha que me fardar, acionar uma viatura, me buscar, eu moro em Vicente Pires, aproximadamente 30 ou 40 km de distância da Esplanada“, declarou o PM, fora de ação desde o início de 2023.
CPMI de 8 de Janeiro e a “fofoca sem base”
Ao analisar a ficha do policial, a senadora Damares Alves destacou que os direitos humanos de Naime teriam sido desrespeitados, por ele desconhecer a razão de sua prisão após quase 150 dias.
“Pelo que sei, o senhor não sabe por que está preso. Aqui a gente tem mais um indício de violação dos direitos humanos – mais uma. Que fique registrado na secretaria da mesa. Pelo que vimos em seu depoimento à Câmara (DF), pode ter sido pelo depoimento de sua ex-esposa, que disse que o sr. fugiria. Uma fofoca de um problema conjugal. O sr. confirma isso?”, questionou Damares.
Jorge Eduardo Naime: “Sim excelência. Inclusive, a PGR faz o embasamento do pedido de minha prisão preventiva embasado com as notícias que foram divulgadas pelo (jornal) Metrópoles da minha ex-esposa, a qual temos um relacionamento conflituoso até hoje. Não estamos casados há 10 anos e ela não consegue transcender essa questão. Gostaria que a CPMI tivesse acesso aos vídeos que ela mandava rotineiramente a meu celular particular, a qual não entrarei em questão aqui”