O presidente da CPI do MST, deputado Tenente-Coronel Zucco, disse lamentar que a comissão possa terminar sem que o relatório seja votado. Zucco culpa a base governista pela sabotagem aos trabalhos do colegiado
A tentativa governista de minar a CPI do MST está bem perto de se tornar realidade. Mesmo após indiciar 11 pessoas e concluir a leitura do relatório final, os integrantes da comissão que investiga práticas criminosas de movimentos invasores podem ter encerrado os trabalhos sem a votação final das conclusões.
Como última tentativa de prorrogar ao menos por um dia as atividades, o presidente da CPI, Deputado Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS) e o relator, deputado Ricardo Salles (PL-SP) solicitaram ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) a extensão dos trabalhos ao menos até quinta-feira.
Os parlamentares alegam que o pedido de vistas ocorrido na terça-feira não permitirá a conclusão da votação, de acordo com o regimento da casa.
“Infelizmente, não tivemos força política para completar a CPI”, lamenta o Deputado Zucco. “O governo já conseguiu tirar deputados da oposição do colegiado, e isso nos enfraqueceu bastante”, comentou o parlamentar à reportagem do Paradoxo BR.
Zucco acredita na força do “Invasão Zero”
Apesar da derrota parcial sofrida pela CPI do MST, Zucco acredita que os projetos de lei do pacote Invasão Zero irão colaborar para colocar em prática o que foi exposto durante as oitivas e diligências da comissão.
“Cabe ao setor produtivo se manter mobilizado, apoiar e pressionar este Parlamento para que essas propostas sejam aprovadas em regime de urgência”, alertou Zucco.
