CPI das ONGs deve seguir caminho oposto de CPMI do 8 de Janeiro e convidar integrantes da oposição e governo Lula. Senador Plínio Valério promete evitar “descriminação”
O colegiado da comissão que investiga a atuação das ONGs (Organizações não governamentais) na Amazônia decidiu inovar na solicitação de depoimentos. Em vez de convocar (obrigar), a CPI que acontece no Senado apenas convidou nomes de interesse para participar dos inquéritos.
Além disso, a CPI das ONGs optou por chamar integrantes de interesse da oposição e da base governista para “manter o balanço” entre os lados.
Segundo o senador Plínio Valério (PSDB-AM), que preside a CPI das ONGs, todos os pedidos foram aprovados para “evitar descriminação”, como tem ocorrido na CPMI do 8 de Janeiro.
“Aqueles que serão chamados aqui poderão, inclusive, mentir se assim o quiserem, e nós vamos comprovar com o que temos a confrontar. Confrontando, a verdade aparece.”, justificou.
Como o Paradoxo BR mostrou, o requerimento para abrir a comissão parlamentar de inquérito que investiga as atuações das ONGs foi aberta pelo próprio Plínio Valério. O roteiro básico da CPI que acontece no Senado Federal é apurar se existem organizações não-governamentais “de fachada” – que usam apenas o nome para obter vantagens financeiras.