O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou não ter conhecimento de irregularidades na encomenda de 300 respiradores quando ele era governador da Bahia, em 2020
A empresária Cristiana Taddeo – responsável pela venda de 300 respiradores por R$ 48 milhões ao governo da Bahia em 2020, mas que nunca foram entregues – afirmou que teria provas materiais que comprovam o envolvimento do então governador do estado, Rui Costa, na consolidação do negócio. Costa – que é o atual ministro da Casa Civil – nega a participação e qualquer irregularidade.
A proprietária da HempCare Pharma – uma empresa especializada em itens fabricados à base de cannabis – ainda afirmou à Procuradoria-Geral da República, que a transação feita no auge da pandemia de covid-19 foi concluída com intermediação de Cleber Isaac, um empresário ligado ex-primeira-dama da Bahia, Aline Peixoto, que na época ocupava um cargo na secretaria estadual de Saúde.
Conforme Cristiana Taddeo, ela ainda teria pago R$ 11 milhões em “comissões” para facilitadores do negócio com o governo da Bahia, sendo Isaac o maior beneficiado. Em novembro de 2021, Taddeo e seu sócio na HempCare – uma empresa que comercializa produtos medicinais à base de maconha – optaram pelo direito ao silêncio em depoimento à CPI da Covid realizada pelo governo do Rio Grande do Norte.
Rui Costa nega irregularidades na encomenda dos respiradores
O ministro da Casa Civil de Lula, Rui Costa, negou nesta quinta-feira (4) qualquer envolvimento em irregularidades e disse ter solicitado investigações sobre os respiradores que seriam distribuídos para os estados que integram o Consórcio do Nordeste.
“Após a não entrega dos respiradores, determinei à Secretaria de Segurança Pública da Bahia a abertura de uma investigação contra os autores do desvio dos recursos destinados à compra desses equipamentos. Os implicados foram presos pela Polícia Civil por ordem da Justiça baiana semanas após a denúncia”, escreveu.