Covid Leaks: A jornalista Isabel Oakeshott – conhecida como crítica severa dos lockdowns na pandemia – vazou mais de 100 mil mensagens de WhatsApp trocadas com o ex-secretário de saúde do Reino Unido, Matt Hancock, para o jornal The Telegraph.
Parte do conteúdo divulgado para a mídia, indicaria ações do governo britânico nos últimos três anos, com o objetivo de “aterrorizar a população” com a veiculação de informações sobre variantes da covid-19.
Após o vazamento, Hancock criticou a jornalista, afirmando que as mensagens publicadas pelo Telegraph como um “relato parcial e tendencioso”.
Covid leaks: o conteúdo das mensagens vazadas
Em uma das mensagens vazadas para a imprensa, datada de 13 de dezembro de 2020, Hancock comenta sobre quando seria mais adequado fazer o anúncio da variante Kent do vírus, advertindo sobre a possibilidade de o prefeito de Londres, Sadiq Khan, resistir a um possível lockdown na cidade.
Então, um consultor do Departamento de Saúde sugere: “Em vez de sinalizar muito para a frente, podemos preparar o terreno”.
Hancock responde: “Nós vamos assustar a todos com essa nova cepa”.
O conselheiro concorda: “Sim, é isso. Vamos conseguir uma mudança de comportamento adequada.”
Já em uma conversa separada no WhatsApp datada de janeiro de 2021, com o lockdown em vigor, Matt Hancock aparece discutindo eventuais mudanças com Simon Case, representante da Casa Civil.
Na mensagem, Case adverte contra mudanças nas regras, mas alerta que aplicar o fator “medo/culpa seria vital”.
Em outras conversas, Simon Case sugere que as orientações sobre a covid-19 deveriam ser feitas por “pessoas de confiança”, e não por personagens desacreditados “como o PM”. No caso, PM é a sigla para Primeiro ministro, cargo ocupado por Boris Johnson.