Cotado para assumir a vaga de Rosa Weber no STF, Bruno Dantas passou 30% do ano fora do país em “atividades oficiais”. O presidente do TCU é forte crítico da Lava Jato e comemorou cassação de Deltan Dallagnol
Não tem sido privilégio do Executivo esbanjar recursos públicos em viagens internacionais. O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, por exemplo, passou mais de um mês e meio no exterior em 2023. O período corresponde a 30% do calendário das atividades, contribuindo para gastos de R$ 1,1 milhão para os cofres públicos brasileiros. As informações são do jornal Gazeta do Povo.
Cotado para ocupar a vaga da ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF), Dantas viajou, acompanhado por 19 assessores, entre janeiro e maio, para Alemanha, Áustria, República Tcheca, Marrocos, Estados Unidos, Panamá e Palau. As missões, segundo o TCU, foram destinadas a “reuniões técnicas sobre análise de dados”.
Cotado para o STF, segundo fontes no governo Lula, Dantas é “inimigo da Lava Jato
Recentemente, Bruno Dantas decidiu se manifestar em público. Mas sua declaração não foi para prestar contas ao contribuinte sobre as despesas do TCU. O presidente do órgão – severo crítico da Lava Jato – falou sobre a cassação do mandato de Deltan Dallagnol.
“Quando agentes da lei se transformam em políticos, as investigações “deixam de ser guiadas” pelos padrões da Constituição”, acusou Dantas.
“Ontem foi cassado o mandato do deputado que foi o principal personagem dessa novela brasileira. E a grande verdade é que esse é o trágico fim, esperado por todos. Não costuma acabar bem esse tipo de história”, sentenciou.