Vítima da corrupção. Após estudos feitos pelo governo de Mato Grosso, as peças do VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos) que deveria ter entrado em operação na Copa de 2014 começaram a ser desmontadas. A linha, que nunca funcionou, custou mais de R$ 1 bilhão (valor sem correção inflacionária) e foi financiada por meio de verbas do PAC – o Plano de Aceleração do Crescimento – na gestão de Dilma Rousseff (PT). O pedido da verba teria ocorrido em 15 de março de 2011, conforme cronograma divulgado.
Planejado para cobrir a distância entre Cuiabá e Várzea Grande, o projeto do VLT começou a sair do papel em 2012 pelo governador Silval Barbosa (MDB) (Foto), que viria a ser condenado por corrupção em 2017.
Reeleito em 2022, o atual governador Mauro Mendes (União Brasil) iniciou estudos para analisar a viabilidade do VLT ainda em 2020, chegando à conclusão de que ficaria mais caro para os cofres do estado terminar o projeto. De acordo com Mendes, a parte final das obras ficaria em torno de R$ 760 milhões. No lugar do VLT, o governador promete construir um BRT, orçado em cerca de R$ 480 milhões, com oferta de passagem mais barata que o VLT.
“A decisão já foi tomada, e o BRT está sendo construído. É um transporte barato, moderno e sustentável e menor tarifa para os usuários”, afirmou Mauro Mendes
Corrupção no governo de MT: ex-governador entregou provas em vídeo em delação
Para amenizar sua pena, o ex-governador Silval Barbosa entregou em agosto de 2017 vídeos com registos de pagamento de propina a diversos políticos do estado de Mato Grosso.
As imagens foram usadas no acordo de delação premiada, que mais tarde seria homologado pelo Supremo Tribunal Federal.
De acordo com Barbosa, as gravações foram feitas pelo então chefe de gabinete, Silvio Cesar, responsável pelo pagamento do suborno.
O ex-governador foi preso em 2015 pela Operação Sodoma por chefiar uma organização criminosa que cobrava propina de empresas em troca de incentivos