Corretora de criptomoedas Binance – investigada no Brasil e no exterior – anunciou a contratação de Guilherme Haddad Nazar, sobrinho do ministro petista- logo após a diplomação de Lula
A corretora de criptomoedas Binance contratou o sobrinho Guilherme Haddad Nazar – sobrinho do ministro Fernando Haddad – poucos dias após a volta de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto.
Sem gerar maior repercussão, uma matéria publicada em 23 de dezembro de 2012 pelo Valor Econômico, destacou que a entrada do parente do ministro da Fazenda na equipe da Binance seria “para ampliar o uso da criptomoeda no Brasil”.
“A Binance anunciou hoje (23/12) Guilherme Haddad Nazar, sobrinho do futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como seu novo diretor-geral para o Brasil. O cargo foi criado pela corretora com o objetivo de avançar projetos que aumentem o uso de criptomoedas no país, que é o maior mercado cripto da América Latina e o sétimo maior do mundo, de acordo com ranking da Chainalysis”.
Empresa comandada por sobrinho de Haddad movimentou R$ 40 bi em 2021
A CPI das Pirâmides Financeiras – que mira, principalmente, a atuação irregular do mercado de criptomoedas – apontou em 2023 que a subsidiária da Binance no Brasil nunca pagou impostos para atuar no país. Ativa na Câmara dos Deputados, a comissão apurou que a Binance sonegou ISS (Imposto Sobre Serviços) sobre as taxas de corretagem – imposto cobrado pelos municípios de todas as empresas em atividade. Somente em 2021, a Binance movimentou R$ 40 bilhões no banco Acesso.