“Dama do Tráfico” lamenta repercussão de encontros com o governo Lula, mas continua lavando dinheiro, diz polícia
O ativismo judicial deu lugar ao ativismo do crime organizado. Após participar de duas reuniões em dias diferentes com o Ministério da Justiça, Conselho Nacional de Justiça e Ministério dos Direitos Humanos, a “dama do tráfico” voltou a se manifestar sobre o incidente revelado pela matéria de O Estado de S. Paulo.
Para Luciene Barbosa Farias, mulher do líder do Comando Vermelho do Amazonas, a notícia teve repercussão negativa por ela ser “uma ativista dos direitos humanos”, e não por sua ligação com a criminalidade. Clemilson Farias, o Tio Patinhas, acumula condenação de 31 anos por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Autoridades apontam que ONG da “Dama do Tráfico” continua lavando dinheiro
O lamento de Luciene, entretanto, foi desmentido pela Polícia Federal. Segundo as investigações, a ONG presidida pela Dama do Tráfico continua agindo em prol do tráfico. Os registros financeiros da entidade apontaram o recebimento de R$ 22 mil reais que, de acordo com as autoridades, “são usados para perpetuar a existência da facção criminosa e obter capital político para negociar com o Estado”.
Apesar de o Ministério dos Direitos Humanos já ter confirmado o custeio de passagens para Luciene Barbosa Freitas, nenhum integrante da pasta foi exonerado pelo governo Lula até o momento. O mesmo vale para o Ministério da Justiça.