A distribuição de cargos continua firme e forte no governo federal. A nova leva de nomeações autorizadas em 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) turbinou os salários dos ministros Silvio Almeida (Direitos Humanos) e José Múcio (Defesa), além do assessor internacional da Presidência, Celso Amorim, e do presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Ricardo Cappelli.
Os quatro aliados agora fazem parte do Conselho de Administração da antiga Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro (Cogen) – atual Naturgy. Eles foram indicados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que atualmente conta com 33% das ações da empresa privatizada em 1997. O salário de cada conselheiro da Naturgy é de R$ 19,4 mil mensais.
Por meio de nota, o BNDES tentou justificar as nomeações.
“As orientações de instituições especializadas são as de que a diversidade de perfis é fundamental na composição do Conselho de Administração das companhias, por permitir que as organizações se beneficiem da pluralidade de argumentos e de um processo de tomada de decisão com maior qualidade e segurança”, escreveu a direção do banco.
Em 2023, Lula já havia turbinado o salário de ministros
Em setembro de 2023, o governo Lula já havia aprovado a entrada dos ministros Alexandre Silveira de Oliveira (Minas e Energia), Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) e Rui Costa dos Santos (Casa Civil) para o conselho da Itaipu Binacional. A benesse concedida pelo presidente ampliou os salários dos ministros para R$ 68,6 mil mensais.