Após longo racionamento de energia, Cuba deve mergulhar em nova crise com disparada nas contas de luz, água e combustíveis
No ano passado, o governo de Cuba anunciou que faria racionamento de combustíveis. A medida foi tomada pelo ministro da Economia e Planejamento, Alejandro Gil Fernández, justificando a escassez de gasolina na ilha. Imediatamente, setores como agricultura, saúde, turismo e transporte público foram afetados.
Com a chegada de 2024, a situação no país comandado pelo ditador Miguel Diáz-Canel deve afetar ainda mais o poder aquisitivo já combalido da população.
A decisão mais drástica, novamente, atinge o setor de combustíveis, que deverá ser reajustado em cerca de 500%. O plano de choque macroeconômico prevê ainda aumentos nas tarifas de energia elétrica, água e transporte público.
No caso do abastecimento de água potável, a conta para os mais pobres deve subir até 30%. O custo do botijão de gás também deve disparar, com alta de 25%.
Já a conta de luz também deverá sofrer o impacto, com aumento de 25% para cada quilowatt extra que exceder o acúmulo de 500 quilowatts por hora.
Ministro prevê mais recessão em Cuba
Em dezembro passado, o ministro Alejandro Gil Fernández anunciou, durante participação em uma sessão da Assembleia Legislativa de Cuba, que o ano de 2024 seria eventualmente marcado por uma forte recessão – resultado que levaria uma perda de 10% à economia nacional.
“É possível que a contração do PIB deste ano fique entre 1% e 2%”, anunciou Gil.
Embora o governo tenha comemorado a queda de inflação, o índice médio de preços ao consumidor encerrou 2023 em 30%. No ano anterior, a inflação havia sido de 38%, de acordo com o regime. Ainda assim, o valor dos alimentos subiu 78% no ano passado, em comparação a 2022.