A China do ditador Xi Jinping será, finalmente, o destino da comitiva do governo brasileiro. O embarque a Beijing, capital do país asiático, está previsto para esta terça-feira (11), após a equipe médica de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetar a ida do presidente, em virtude de uma pneumonia contraída em 23 de março.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a intenção do governo federal é fechar pelo menos 20 acordos, além de reativar um fundo de recursos em torno de R$ 20 bilhões, aberto em 2015 durante a gestão de Dilma Rousseff (PT-MG).
“Política internacional é uma via de duas mãos, ou seja, você não vai para a China para saber o que os chineses vão fazer aqui ou o que os chineses vão comprar de nós, queremos mostrar aos chineses que temos coisas para vender”, afirmou Lula, em entrevista ao canal estatal EBC.
“O que queremos é que os chineses façam investimentos para gerar novos empregos e gerar novos ativos produtivos no Brasil”, concluiu.
China, a missão: quem estará “carreta-furacão”
Como o Paradoxo BR mostrou, mais de 200 convidados do governo Federal faziam parte da delegação original de convidados que embarcariam rumo à China no final de março.
Após o adiamento da missão, alguns nomes não devem acompanhar os emissários brasileiro na missão internacional, desfalcando a antes enorme “carreta-furacão”.
Ainda, assim, o avião deverá partir para a China lotado no expresso do Oriente.
No setor ministerial, estarão no voo Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), Marina Silva (Meio Ambiente), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e os dois nomes mais polêmicos da lista: Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social).
As dúvidas, aqui, pairam sobre suas funções na turnê chinesa.
Já entre os governadores, destaque para a Fátima Bezerra, a representante-máxima do Rio Grande do Norte. Além de não ter sofrido intervenção (como Ibanez Rocha sofreu no DF), a petista ganhou a viagem de presente, em meio ao caos promovido pela criminalidade em seu estado.
Além de Fátima Bezerra, embarcarão Jerônimo Rodrigues (Bahia), Elmano de Freitas (Ceará), Carlos Brandão (Maranhão) e Helder Barbalho (Pará). Nenhum representante das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste estarão na viagem.
O parlamento brasileiro também contará com 8 senadores e 18 deputados federais, incluindo Renan Calheiros (MDB-AL), que embarcará como o mais novo presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSB-MG). Pacheco, aliás, tinha compromissos no Brasil, como a leitura do requerimento da CPMI do 8 de Janeiro, mas preferiu adia-la mais uma vez. A promessa da leitura ficou para o dia 18 de abril.