Centrão – maior alvo do PT no Congresso – resiste em se unir à base governista. Presidente do Republicanos Marcos Pereira, negou ter aceitado recente convite do governo Lula
Partidos que votaram a favor de pautas-chave, como a reforma tributária e o arcabouço fiscal, estão batendo cabeça com o governo Lula. Depois de o líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), garantir nesta quarta-feira (19) que siglas do Centrão, como o Republicanos e Partido Progressista “já estavam na base governista”, o deputado Marcos Pereira – que preside o Republicanos – afirmou que não integrará a “força-tarefa” do presidente.
Em declaração à Jovem Pan, o parlamentar negou a aliança definitiva de partidos fortes do centrão, e disse que isso aparentava ser mais um desejo do PT.
“Talvez seja mais a vontade do deputado (José Guimarães) do que a realidade”, apontou Pereira. Mais cedo, José Guimarães havia dito que tanto o Republicanos como PP já haviam “mudado de lado”.
“A tese de incorporar esses partidos no governo já está consolidada”, afirmou Guimarães. “Igualmente, esses nomes que surgiram na imprensa por indicações dos partidos. Porém, o presidente não bateu o martelo. Não deliberou nada, qual o tamanho, para onde, nem nada”, comentou.
Centrão “não pede ministérios, é o presidente quem decide”, afirma Lula
Por sua vez, o ‘presidente’ Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garantiu que não são os partidos que solicitam o comando de ministérios. “É o presidente que decide”, apontou.
“À medida em que você tem partidos que queiram participar da base, nós temos interesse em trazer esses partidos para dar tranquilidade à nossa governança dentro do Congresso”, afirmou o petista. “Mas quem discute ministro é o presidente da República. Não é o partido que pede ministério”, concluiu.
