Censo 2022 mostra que agronegócio – que disparou no governo Bolsonaro – influenciou no crescimento populacional das regiões brasileiras, com destaque para o Centro-Oeste. O Nordeste, dominado por Lula nas últimas eleições, teve baixo crescimento demográfico
O crescimento econômico e populacional têm caminhado lado a lado no Brasil. Segundo números do Censo Demográfico 2022 – o primeiro feito no país desde 2010 – a população chegou aos 203 milhões de habitantes no ano passado, com alta de 0,52% sobre a apuração anterior. Este foi o menor índice registrado desde que o IBGE iniciou as pesquisas.
Já no quesito por região, a Sudeste foi a que mais ganhou habitantes nos últimos 12 anos, passando de 80 para 84 milhões de habitantes. Na sequência do ranking aparecem as regiões Sul e Centro-Oeste. Cada uma com aumento populacional de 2.6 e 2 milhões de habitantes, respectivamente; Já os últimos lugares de crescimento em relação a 2010 são ocupados pelas regiões Nordeste (alta de 1.6 milhão) e Norte (1.5).
Censo 2022: Agronegócio fez a diferença na última década
O agronegócio nacional – tão atacado por Lula – tem sido, quase desde sempre, a força motriz do crescimento econômico brasileiro. A região Centro-Oeste, por exemplo, registrou alta populacional que acompanhou o desenvolvimento de seu agronegócio no período.
O IBGE corrobora com esta análise, e destaca que os fatores que mais afetaram os estados foram os financeiros. Os que tiveram maior declínio populacional foram os de menor desempenho produtivo. Já os que se destacaram no crescimento da população, segundo levantamento do instituto, se deram bem por causa do agro.
Censo x Eleições – o veredito
Jair Bolsonaro venceu em 4 das 5 regiões brasileiras nas últimas eleições presidenciais, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, A sua maior derrota, entretanto, aconteceu no Nordeste, onde perdeu por diferença de 39% para Luiz Inácio Lula da Silva. Já a região Norte, que também registrou baixo crescimento populacional, foi a que teve a vitória de Bolsonaro com a menor diferença para Lula: cerca de 2%.
No Sudeste – região com maior amplitude demográfica, segundo o Censo 2022 – a vitória de Jair Bolsonaro aconteceu por diferença de cerca de 8% – fator que influenciou diretamente no resultado da eleição.
Por sua vez, o Sul teve Bolsonaro na liderança, com quase 30% de diferença para o petista, enquanto o Centro-Oeste também colocou Jair Bolsonaro na frente, com quase 20% para Lula.
