Celso Amorim, que atua como chefe da assessoria especial do ‘presidente’ Luiz Inácio Lula da Silva (PT), esteve envolvido mais uma vez em uma missão “secreta” ao exterior.
Desta vez, o ex-chanceler de Lula entre 2003 e 2010 esteve em Moscou, para discutir a possibilidade de o Brasil facilitar um tratado de paz entre Rússia e Ucrânia. Não há detalhes sobre o encontro com a diplomacia russa.
A rápida passagem – que não chegou a divulgada oficialmente pelo Itamaraty – aconteceu na semana passada, quando Amorim conversou com o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.
O chanceler russo, segundo o governo brasileiro, deverá retribuir a visita, chegando em Brasília no próximo dia 17.
Esta foi a segunda viagem de Celso Amorim não divulgada oficialmente pelo Brasil. A primeira, como o Paradoxo BR mostrou, aconteceu no início do mês passado, em Caracas, na Venezuela. O encontro entre Nicolás Maduro e Amorim foi somente divulgado em postagem no Instragram oficial do próprio ditador Venezuelano.
““Estamos trabalhando unidos e empenhados em restabelecer as relações ao mais alto nível, em prol do desenvolvimento partilhado dos nossos povos”, escreveu Maduro na rede social.
Celso Amorim a serviço de Lula: a polêmica da “mesa de bar”
Durante a campanha presidencial de 2022, Lula chegou a garantir que resolveria a guerra entre Rússia e Ucrânia de forma mundana, sem necessidade de tratados diplomáticos.
“A quem interessa essa guerra?, questionou Lula. “A razão dessa guerra, por tudo o que eu compreendo, que eu leio e que eu escuto, seria resolvida aqui no Brasil em uma mesa tomando cerveja. Teria resolvido aqui senão na primeira cerveja, na segunda; se não desse na segunda, na terceira; se não desse na terceira, até acabarem as garrafas a gente ia fazer um acordo de paz”, garantiu o então candidato à segunda reeleição.
A declaração com tom jocoso do petista não passou despercebida dos mais afetados pelo conflito.
Fabiana Tronenko compartilhou, em suas redes sociais, um vídeo em que o petista diz que o conflito poderia ser resolvido em “uma mesa de bar”. Segundo ela, a fala foi desrespeitosa.
“Que desrespeito do ex-presidente Lula com o povo ucraniano e com todos os esforços do presidente (Zelensky! Liberdade, Democracia e vidas, não se resolvem em uma mesa de bar”, escreveu a ex-embaixadora da Ucrânia no Brasil entre 2021 e 2021, Fabiana Tronenko.