Amigo de Carlos Jordy, Carlos Victor de Carvalho, teve imagens adulteradas e anexadas em investigação da Polícia Federal
Na semana passada, o deputado Federal Carlos Jordy (PL-RJ) amanheceu com a Polícia Federal em sua residência. A missão da PF, sob ordem do Supremo Tribunal Federal e parecer favorável da Procuradoria-Geral da República, era realizar busca e apreensão no local, por suspeitas de envolvimento do parlamentar nos atos de 8 de Janeiro.
Ao mesmo tempo, o colega de Jordy, Carlos Victor de Carvalho, foi detido no Rio de Janeiro, sob a acusação de incitar atos democráticos em Brasília. O argumento usado pelas autoridades foi uma mensagem trocada entre CVC e Carlos Jordy, em que o parlamentar é chamado de “meu líder”.
Em reação à prisão, os advogados de Carlos Victor de Carvalho não só comprovaram que seu cliente não se encontrava em Brasília no 8 de Janeiro de 2023, como imagens usadas pela PF para acusá-lo teriam sido adulteradas. As fotos originais, segundo a defesa de CVC, foram tiradas em 1º de janeiro de 2019, durante a posse de Jair Bolsonaro.
Advogado explica a Teoria dos Frutos Envenenados no caso Jordy
Contatado pelo Paradoxo BR, o advogado Cláudio Luís Caivano, que ainda cuida de processos ligados ao 8 de Janeiro, explica que as provas utilizadas para incriminar Carlos Victor de Carvalho podem realmente ter sido forjadas, embora ainda não seja possível apontar o autor do crime.
“Isso foi uma falsificação de provas. Ela entra na Teoria dos Frutos Envenenados”, explica o jurista. “Essa teoria é simples: se o foi envenenado ele não presta”, complementa.
Na opinião de Caivano, a única saída para inocentar Carlos Victor de Carvalho e, por tabela, descartar a participação de Carlos Jordy nas acusações do STF é contratar uma perícia.
“O processo se torna nulo. Porém, a defesa precisará contratar os serviços de uma perícia técnica”, explica. “Mesmo assim, não há certeza da absolvição. Lembrando que o (coronel) Naime também foi preso tendo como base algumas linhas de uma conversa do WhatsApp e permanece preso”, lamenta Caivano.
“Quando digo que a justiça acabou, não é um exagero. Não temos mais lei, apenas o lawfare – usado para punir os inimigos. O Zanin foi nomeado para o STF exatamente para isso. Inclusive, ele defendeu a tese em doutorado”, conclui.