Apoiado por Arthur Lira, Lula defendeu a Braskem como “indústria nacional”, e argumentou que “ninguém sabe como uma CPI termina”
Em discussão “acalorada” que reuniu rivais políticos de Alagoas no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falhou em convencer o senador Renan Calheiros (MDB-AL) a cancelar a CPI da Braskem, prevista para começar nesta quarta-feira (13), no Senado.
Durante mais de uma hora, o presidente tentou “acalmar os ânimos” de Calheiros – o maior incentivador da CPI e adversário local de Arthur Lira (PP-AL) – apontando diversos fatores que poderiam ser prejudiciais ao governo. Entre eles, o adiamento da aprovação de pautas econômicas destinadas a aumentar a arrecadação federal.
Lula sai em defesa da Braskem e pede cancelamento da CPI
Segundo fontes que preferiram anonimato, Lula passou grande parte da reunião falando em “defesa da indústria nacional” e pedindo que as investigações sobre a Braskem não avançassem no Senado, pois “ninguém sabe como uma CPI acaba”.
A petroquímica Braskem – responsável pelo afundamento do solo em uma mina de sal-gema em Maceió, capital do Alagoas – integra uma sociedade com a Odebrecht (atual Novonor) e a Petrobras, empresas envolvidas no esquema de corrupção revelado pela Operação Lava Jato.