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Campos Neto cobra responsabilidade do governo Lula para baixar os juros

TCU Campos Neto

Roberto Campos Neto participou de um encontro com empresários na quarta-feira (5), onde reforçou seu compromisso de manter a meta de inflação. O presidente do Banco Central destacou no evento do Grupo Esfera Brasil que os juros poderão cair, caso o governo federal se comprometa a controlar os gastos.

“O Banco Central vai trabalhar para a inflação ir à meta com o mínimo de custo para a sociedade”, afirmou o comandante do BC. “O custo de combater a inflação é alto no curto prazo, mas não combater (a inflação) tem custo mais alto”, disse Campos Neto. “Nenhum banco central quer ter juros altos, claro que queremos juros baixos”, ressaltou.

Campos Neto também apontou que um índice inflacionário sem controle dificultará ainda mais o processo de queda dos preços.

“A inflação é um imposto maligno que incide muito mais sobre quem tem menos recursos”, sustentou Campos Neto. O presidente do BC ainda mandou um recado direto à equipe econômica do governo Lula, apontando que os juros mais baixos só acontecerão com um controle das contas públicas.

“Precisamos dar explicações, e não ficar apontando o dedo”, afirmou Campos Neto. “A taxa é alta, precisamos trabalhar para baixar”, cobrou.

Campos Neto também foi cobrado pelo vice-presidente

Além da pressão feita pelo “presidente” Luiz Inácio Lula da Silva (PT),  Campos Neto também foi criticado pelo vice, Geraldo Alckmin (PSB-SP).

“Eu acho que passou da hora. Quer dizer, não tem razão para nós termos a maior taxa de juros do mundo”, declarou Alckmin. “Aliás, é difícil de entender. Em 2020, a taxa de juros era 2%. Hoje, 13,75%. Não tem justificativa, né? E esse é um fator importante, porque câmbio, juros e imposto são decisivos para a atividade econômica”, reclamou o ex-tucano.

A resposta para o questionamento de Alckmin, na verdade, havia sido dada por Campos Neto antes mesmo de seu questionamento – e das próprias eleições.

Em janeiro do ano passado, o Banco Central afirmou que “a pressão sobre os preços das commodities e nas cadeias produtivas de todo o mundo refletem “mudanças no padrão de consumo causadas pela pandemia de covid-19”.

O BC ainda destacou os motivos para a inflação ter ficado acima do previsto, justificando os juros em alta.

Entre eles, forte elevação dos preços de bens transacionáveis em moeda local, como combustíveis, bandeira de energia elétrica de escassez hídrica e desequilíbrios entre demanda e oferta.

Já em setembro de 2022, o presidente do Banco Central explicou o motivo da Selic ser mantida em nível alto.

“A gente não comenta abertamente os impactos e como o mercado enxerga a curva de juros, mas a gente tem dito que a gente acha muito cedo para pensar em corte de juros”, afirmou Campos Neto.

 

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