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Brics – a Ameaça: como EUA e Europa reagiram aos superpoderes do novo bloco

Brics

Às vésperas das eleições presidenciais, os Estados Unidos começaram a olhar com mais atenção para o Brics, que deseja se desvencilhar do dólar como moeda em seus negócios. Além da América, gigantes como a França já sabem que o bloco representa ameaça à ordem mundial, com quase 50% da produção de petróleo global

 

A corrida presidencial dos Estados Unidos mal começou, mas a única certeza que se sabe é que, caso o presidente não seja do partido Democrata, o novo Brics se transformará em alvo prioritário – e estratégico – da Casa Branca.

Isso se justifica pela recente transformação que o bloco dos países emergentes atravessou em agosto. Após a 15ª Cúpula do Brics, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul contarão com mais 6 membros, dando à organização o poder de controlar metade da extração de petróleo do planeta.

Os reforços de peso estratégico – que ganharam o sinal verde (ou melhor, vermelho) de Xi Jinping – foram Irã, Emirados Árabes e Arábia Saudita. As ditaduras teocráticas elevaram a carta econômica a um outro patamar. Combinados a Brasil e Rússia, os novos membros do Brics representam a produção diária de quase 37 milhões de barris diários. A nova cara do bloco ainda conta com os africanos Egito e Etiópia e a sul-americana Argentina.

New York Times destaca o Brics após uma década

A concretização das novas alianças no Brics não passou despercebida do Brics, que até então aparentava não incomodar os Estados Unidos. Porém, após o fatídico 24 de agosto, a nova aliança geopolítica chegou às manchetes do (um dia mais) poderoso New York Times.

Na edição da última sexta-feira, o NYT destacou o evento com a seguinte manchete: “O poder da América foi golpeado”. No artigo escrito por Sarang Shidore, diretor do Quincy Institute para os assuntos do Sul Global, ele lembra que os Estados Unidos ignoraram por uma década o Brics. Porém, com os novos integrantes, “a surpresa logo deu lugar à ansiedade”, se referindo a uma expectativa sobre o potencial de controle geopolítico do bloco.

Bloco quer trocar dólar por moeda única

Após atacar o dólar em discursos recentes – em especial, na posse de Dilma Rousseff como presidente do New Development Bank, o Banco de fomento do Brics – Lula adiantou que o projeto de uma nova moeda para transações comerciais já estava adiantado. 

Criada para substituir o sistema monetário norte-americano como lastro, a “moeda única do Brics” teria a função de facilitar as transações entre os países membros.

“Nós resolvemos criar uma moeda, porque isso facilita a vida das pessoas, mas nós não queremos pressa porque não é uma coisa simples de fazer”, afirmou Lula.

França também “sentiu o golpe” com o novo Brics

Além dos EUA, a França parece ter entendido que o Brics não pretende ser coadjuvante na guerra comercial. Com a situação interna em queda, os chineses decidiram se unir para competir diretamente com o G7. 

Emmanuel Macron sentiu o golpe. O presidente francês – que teve sua participação como convidado negada por Xi Jinping – reagiu com  preocupação à chegada da nova potência organizada.

“A expansão dos Brics demonstra a intenção de construir uma ordem mundial alternativa à que predomina atualmente, que é vista como ocidental demais”, apontou Macron. destacando que o bloco agora representa uma “nova ordem mundial”.

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