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Brasil Contra Fake: governo cai em armadilha de seu “Ministério da Verdade”

“Brasil contra fake”. O governo federal confirmou que gastará cerca de R$ 20 milhões em um portal para combater notícias falsas. A premissa da Secretaria de Comunicação social (Secom) da gestão Lula, segundo o próprio órgão, seria “combater notícias falsas sobre a gestão do presidente Lula”.

Criada pela Agência Nacional de Propaganda, a fase inicial da Brasil Contra Fake custou cerca de R$ 6 milhões e envolverá todas as mídias existentes, com duração de 3 meses.

“É uma ferramenta importante que estamos oferecendo para combater a desinformação no nosso país. A fake news virou um fenômeno mundial na forma de fazer política, baseada na desinformação. Lá, você vai ter a resposta para as principais desinformações que são postadas”, explicou o ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta (PT-RS).

O teste de fogo da Brasil Contra Fake, entretanto, aconteceu dentro da própria Secom, dias antes do lançamento do programa anti-fake news. Na semana passada, Pimenta fez uma série de ilações a respeito da Operação Sequaz da Polícia Federal, que desmontou a ação do PCC contra diversas autoridades, incluindo o senador Sérgio Moro (União-PR).

De início, Pimenta acusou sem provas a gestão de Jair Bolsonaro de aparelhar a Polícia Federal.

“Quero cumprimentar a Polícia Federal pela operação. Isso é uma demonstração que temos uma Polícia Federal republicana, não mais aparelhada, a serviço de nenhum projeto político, partido político”, apontou.

Em seguida, Paulo Pimenta disse à imprensa que o ‘presidente” Luiz Inácio Lula da Silva “não questionou” a veracidade da operação.

“Na minha opinião, a fala do presidente em nenhum momento questiona a investigação, até porque foi conduzida pela Polícia Federal e pelo Ministério da Justiça”, Mas acho que o objeto do questionamento foi o conjunto de coincidências, fatos que acabam trazendo de volta toda uma memória sobre o método que foi utilizado contra ele [na Lava Jato]”, especulou.

A informação verídica, entretanto, é a que Lula realmente questionou a Polícia Federal, a juíza Gabriela Hardt e Sérgio Moro. Segundo palavras do mandatário (assista a vídeo), era “visível que era uma armação”.

“É visível que é uma armação do Moro, mas eu vou pesquisar e vou saber porque da sentença. Até fiquei sabendo que a juíza não estava nem em atividade quando deu o parecer para ele, mas isso a gente vai esperar. Eu não vou ficar atacando ninguém sem ter provas. Eu acho que é mais uma armação e se for mais uma armação ele vai ficar mais desmascarado ainda, ai eu não sei o que ele vai fazer da vida se ele continuar mentindo do jeito que está mentindo.”, afirmou Lula.

Brasil Contra Fake: juíza desmonta as notícias falsas espalhadas pelo governo federal

Além de Sérgio Moro, a juíza Gabriela Hardt da 9ª Vara Federal de Curitiba se tornou alvo de ataques de blogs e políticos aliados ao PT.

A reação contra Hardt aconteceu após a magistrada autorizar a divulgação pública das informações apuradas pela PF. A liberação do conteúdo, com detalhes de como os membros do PCC planejavam sequestrar Sérgio Moro, aconteceu às 15h de quinta-feira (22), logo após Lula especular que “foi tudo uma armação”.

Um artigo do Consultor Jurídico, assinado por Márcio Chaer, deu continuidade à onda de ataques à Moro, Gabriela Hardt e à antiga operação Lava Jato.

“Quando o presidente Lula disse ao site Brasil 247 que já teve ganas de destruir Sergio Moro e, mais tarde, que a pantomima sem provas subscrita por Gabriela Hardt era uma armação do seu inimigo, ele tinha mais informações do que deixou entrever”, afirmou Chaer.

“O Palácio do Planalto já fora avisado de que uma força-tarefa clandestina da turma de Curitiba juntara um amontoado de ilações, sem materialidade, descrito como um plano para sequestrar o hoje senador da República. Uma ideia poderosa: sequestrar um senador para poder receber visitas íntimas”, apontou o autor.

 

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