Em dezembro de 2016, Guilherme Boulos afirmou que a depredação da Fiesp, na Avenida Paulista, foi um “reflexo da indignação do povo” contra a instituição
Em campanha eleitoral antecipada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apareceu pela primeira vez, no último final de semana, ao lado do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), que disputará pela segunda vez a prefeitura da capital paulista.
Em evento para marcar o lançamento de uma nova etapa do programa “Minha Casa Minha Vida”, Lula chegou a afirmar que o atual prefeito Ricardo Nunes “seria bem recebido no local”, caso não tivesse recusado seu convite.
Em resposta, Nunes disse que “não participaria de eventos ao lado invasor de propriedades”. A fala do atual chefe do executivo mundial remete ao passado recente de Guilherme Boulos como líder do MTST – o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto.
Relembre o dia em que Boulos apoiou um ataque contra o patrimônio da cidade que ele pretende comandar, caso vença as eleições municipais de 2024.
Boulos e o ataque à sede da Fiesp
Em dezembro de 2016, Guilherme Boulos participou de um evento que culminou com a depredação do prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) na avenida Paulista. A intenção, segundo o próprio líder do MTST, seria protestar contra a PEC do Teto, medida aprovada pelo Congresso durante a gestão do presidente interino, Michel Temer (MDB).
Perto das 22h do dia 12 de dezembro, um grupo começou a atear fogo em lixeiras e atirar coquetéis molotov na entrada do prédio da Fiesp, provocando incêndios e quebradeira generalizada. O ataque foi promovido por aliados do PT, como a CUT e o MTST de Boulos, que chegou a comentar sobre o incidente.
“Não estava programado, mas foi um gesto de indignação das pessoas. Fiesp representa o que não presta no Brasil. O dano na fachada da Fiesp é muito pouco perto do dano que a Fiesp está causando há muito tempo ao povo do Brasil”, afirmou.