No decorrer de 2022, o governo Bolsonaro diminuiu impostos e quebrou recorde de arrecadação. Já o governo Lula 3 está no caminho inverso. Com alta de impostos e queda de receita, o primeiro semestre de 2023 foi marcado pelo pior déficit público desde 1997
Em julho de 2022, as contas públicas encerradas em julho registraram mais ganhos do que perdas. No total, o chamado superávit primário referente ao início do segundo semestre ficou em R$ 19,3 bilhões – superando com folga as expectativas da pesquisa Prisma Fiscal encomendada pelo então ministro da Economia de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes.
Um ano mais tarde, o cenário é totalmente oposto e negativo. No lugar de mais ganhos, as despesas venceram a corrida. Com isso, o resultado para julho de 2023 ficou no vermelho, com déficit de R$ 35,9 bilhões – o pior resultado para o período desde a série histórica iniciada em 1997, sem contar 2020 – auge da pandemia de covid-19. A apuração foi divulgada pelo Tesouro Nacional.
No plano geral de 2023 até o momento, os resultados são ainda menos animadores para o Brasil. Enquanto o governo Bolsonaro encerrou o período entre janeiro e julho com superávit de R$ 78,8 bilhões, seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva terminou os sete primeiros meses de 2023 com mais despesas do que lucros, totalizando saldo negativo de R$ 77 bilhões.
Bolsonaro x Lula: a guerra dos impostos
Outro efeito comparativo no confronto “Bolsonaro x Lula” pode ser visto na arrecadação. Com previsão de ainda mais impostos à vista com a reforma tributária, o governo petista registrou queda arrecadatória de 3,4% em julho, sinalizando desaceleração na economia.
Por sua vez, a gestão da equipe de Paulo Guedes – mesmo cortando impostos federais, como o ICMS – obteve a maior arrecadação de impostos da história em 2022, totalizando R$ 2,21 trilhões, de acordo com a Receita Federal. O resultado foi o mais expressivo desde 1995, início da série histórica.
