Bolsonaro e Itamaraty impediram o retorno do ditador Nicolás Maduro ao Brasil após resolução de países-membros do Grupo de Lima
A chegada de Nicolás Maduro ao Brasil tem sido analisada como um marco negativo para as relações diplomáticas do Brasil. No governo Bolsonaro, o ditador venezuelano havia sido proibido de entrar no Brasil, atendendo resolução do Grupo de Lima.
Já com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) novamente no poder, o governo volta a flertar com regimes antidemocráticos e que desrespeitam os direitos humanos, segundo normas da Organização das Nações Unidas (ONU).
Bolsonaro impediu a volta de Maduro, seguindo acordo internacional
Em 10 de janeiro de 2019, o Grupo de Lima – representado por Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia – assinou uma resolução contra a falta de transparência democrática e desrespeito aos direitos humanos do regime de Nicolás Maduro. Sua reeleição em 2018 foi considerada ilegítima pelas nações.
Imediatamente após a decisão do Grupo de Lima, o então presidente Jair Bolsonaro – em parceria com os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Sérgio Moro (Justiça) – assinou uma portaria que impedia a entrada de Maduro no país.
Resoluções do Grupo de Lima
As resoluções e medidas tomadas pelo Grupo de Lima contra o regime ditatorial de Nicolás Maduro incluíam:
* Preocupação com impacto econômico e segurança da Venezuela e países vizinhos provocada pela crise política.
*Solicitar permissão imediata de assistência humanitária para evitar agravamento da crise de saúde pública
*Reavaliação das relações diplomáticas com a Venezuela, visando a restauração democrática
*Impedir a entrada nos países do Grupo de Lima de altos funcionários do governo Venezuelano, incluindo Nicolás Maduro