Bismark Fugazza, humorista do grupo Hipócritas – é a mais nova vítima do inquérito das Fake News, cujo relator é o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Como o inquérito é mantido em sigilo, a Suprema Corte não emitiu comunicado oficial sobre o caso até o momento.
Em exílio desde o ano passado, Fugazza foi detido na cidade de Assunção, nesta sexta-feira (17) pela polícia do Paraguai, juntamente com o jornalista Oswaldo Eustáquio, outro alvo da Polícia Federal. O pedido de prisão foi emitido por Alexandre de Moraes à PF, que contatou as autoridades paraguaias.
Como Eustáquio portava um documento que atestava seu pedido de asilo político, apenas o humorista acabou detido. Segundo Augusto Pacheco, colega de trabalho de Bismark no grupo Hipócritas, seu documento de exílio já estaria sendo tramitado pelas autoridades.
“Eu não fui preso porque mostrei a eles um documento que consegui da Justiça paraguaia que me protege com base na soberania paraguaia”, alegou Eustáquio.
Bismark e Eustáquio: prisões decretadas por solicitar intervenção militar
Em dezembro de 2022, o ministro Alexandre de Moraes determinou as prisões de Oswaldo Eustáquio e Bismark Fugazza, do canal Hipócritas, sob acusação de ambos pedirem intervenção militar, após a eleição do então candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva. Eustáquio, segundo o STF, também é investigado no inquérito dos “Atos Antidemocráticos”.
À época, Bismark Fugazza revelou ao programa Sem Filtro detalhes sobre a perseguição do STF.
“Ele (Moraes) dá o mandado na mão da polícia, e ela prende”, afirmou Bismarck ao canal da Revista Oeste. “Somente depois a polícia coloca no sistema que a pessoa foi presa. Por isso, não sabemos se realmente existe esse mandado de prisão”, apontou o humorista.