Search
Close this search box.

Bia Kicis: “Queremos que o Brasil consiga andar na linha, com respeito ao ordenamento jurídico”

Deputada Bia Kicis

Bia Kicis está em seu segundo mandato como deputada federal, e não demonstra sinais de cansaço. Exatamente o oposto. Embora veja o avanço do judiciário como entrave, Kicis acredita em sua missão: “Precisamos continuar e encontrar o equilíbrio” Não perca nossa entrevista coletiva desta terça-feira (27) na Paradoxo BR TV no YouTube

Por Claudio Dirani

Presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) no governo Bolsonaro, a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) continua a quebrar barreiras e liderar por mérito grande parte das ações da oposição ao governo Lula.

Em março – após se reeleger em 2022 com o maior número de votos no Distrito Federal – ela se tornou a primeira mulher a ser eleita presidente  da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

Embora a conquista particular tenha sido celebrada, Kicis optou por usar seu pragmatismo.

“Não estamos aqui para fazer estardalhaço. Estamos aqui para fiscalizar, com responsabilidade. Queremos que o Brasil consiga andar na linha, com respeito ao ordenamento jurídico”, alertou.

Desde então, a parlamentar já conduziu audiências com diversos ministros do governo Lula. Entre eles, Flávio Dino (Justiça), Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Lupi (Previdência) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação).

Bia Kicis na “presidência”

A participação de Bia Kicis como presidente da comissão de fiscalização é um dos motivos pelo qual a deputada do PL não está em nenhuma das comissões parlamentares de inquérito – nem mesmo a da CPMI do 8 de Janeiro, que ela tanto lutou para que fosse instalada na Câmara e Senado.

“Não estou nas CPIs/CPMI porque estou na Comissão de Fiscalização”, relembra Bia. “Lá convocamos ministros e diretores de estatais para se explicarem e trabalhamos juntos em parceria com o TCU. A gente fiscaliza. É esse o nosso papel”, explica.

Bia e o papel da “cobrada oposição”

O papel da deputada, acima de tudo, tem sido ouvir o povo que a procura. Diariamente, milhares de e-mails chegam em seu gabinete, em Brasília. Bia Kicis faz questão de saber de todo o conteúdo.

“Minha chefe de gabinete lê todos os emails que recebemos. Já cheguei a me emocionar com essas mensagens e ligar para as pessoas”.

Nem sempre, entretanto, o que chega são elogios. A atual conjuntura pós-8 de Janeiro claramente minou as ações da oposição, que “trabalha como pode”, segundo a parlamentar.

“A gente ouve vozes como a do dr. Ives Gandra falando que o Supremo não tem respeitado a Constituição” – lembra Bia Kicis, em entrevista à Cristina Graeml.

 

“Quando a gente entrou pela primeira vez (na Câmara, em 2019), chegamos com sangue nos olhos. Encontramos uma oposição muito organizada. Os deputados mais experientes nos explicaram: a oposição grita, e o governo vota. A gente evitava o conflito. O nosso eleitor que nos assistia nos cobrava. Tivemos que encontrar um equilíbrio”, elucida.

Deputada |Bia Kicis

“Somos oposição agora e estamos nos organizando. A esquerda não esperava isso tudo. Nosso líder na casa é o Carlos Jordi. A gente faz a reunião para fechar a pauta. Temos o Novo, o Republicanos…todos têm partidos com deputados de oposição. O MDB tem o Osmar Terra. A gente tem muita gente boa. Todos usamos da tribuna. Eu, Luís Lima, Nikolas Ferreira, Luiz Philippe O. Bragança”…Fazemos nosso trabalho, mas o legislativo está muito enfraquecido pelo avanço do Judiciário”, lamenta.

Bia Kicis escancara a verdade sobre a CPMI do 8 de Janeiro

Embora não esteja escalada como titular, nem como suplente, Bia Kicis tem uma visão bem lúcida sobre a CPMI que investiga os atos de 8 de Janeiro nos prédios-sede dos três poderes, em Brasília.

“Eu vi uma entrevista do dr. Ives Gandra que o propósito de uma CPI é ter a minoria controlando. Só que fizeram (aliados de Lula) uma manobra. E o pior. Tanto a relatora (senadora Eliziane Gama) como vários integrantes não assinaram o requerimento para a própria CPMI do 8 de Janeiro e fizeram de tudo para atrapalhar”, ressalta a deputada, que permanece crente na vitória do Brasil.

Julgamento de Bolsonaro no TSE

Além de todo esforço de Bia Kicis no parlamento, a deputada permanece uma fiel escudeira do ex-presidente Jair Bolsonaro. Autora da PEC sobre o voto impresso – uma das críticas feitas pelo presidente ao sistema eleitoral brasileiro que o levou a julgamento- Bia comentou durante reunião com Bolsonaro na Assembleia Legislativa de São Paulo, na última segunda-feira, que os processos no Brasil “têm sido julgados pela capa”.

“Vivemos um momento de grande insegurança jurídica”, afirma a deputada. “Estão olhando quem é o investigado, quem é o réu…Hoje o STF e STJ que legislam. A democracia e a república estão sendo, o tempo todo, violados e ameaçados. Não precisa mais de lei para tornar inelegível. Temo que o julgamento não seja justo. Estão tirando o direito do povo de escolher o seu representante”, lamentou Kicis em entrevista à Jovem Pan.

 

Assista à entrevista de Bia Kicis no canal do Paradoxo BR TV no YouTube

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Pocket
WhatsApp

Nunca perca nenhuma notícia importante. Assine nosso boletim informativo.

Loading

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *