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Banco Central quer extinguir cobrança do rotativo no cartão de crédito

Banco Central

 

Pressionado pelo governo federal, o Banco Central deverá apresentar nos próximos dias uma nova forma de cobrança que substituirá o rotativo. De acordo com o BC, a inadimplência no segmento chegou a 53% neste ano

 

O sistema rotativo de juros no cartão de crédito pode estar com os dias contados. A informação foi divulgada pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que admitiu substituir a cobrança com a intenção de reduzir o nível de  inadimplência dos consumidores.

Segundo dados do Banco Central, 50% das dívidas atuais são referentes ao não pagamento de faturas dos cartões de crédito, levando o Brasil à liderança global nessa modalidade de débito. A sugestão alternativa apresentada  por Campos Neto seria a de cobrar a dívida separadamente da fatura do cartão, com uma taxa de juros inferior à atual.

“A solução está se caminhando para que não tenha mais rotativo; nesse caso, o crédito iria direto para o parcelamento, em uma taxa ao redor de 9%”, afirmou o presidente do BC, que deverá oficializar a proposta aos demais membros diretores da instituição nas próximas semanas.

Banco Central poderá limitar compras a crédito

 

Roberto Campos Neto admitiu ainda que o Banco Central poderá apresentar outra forma de regulamentação, com o objetivo de não alimentar mais endividamentos, sem que essas regras  prejudiquem o consumo e o uso dos cartões de crédito. 

Para  frear a inadimplência, o BC poderá retirar o crédito de clientes acostumados a não quitar as faturas e que ofereçam maior risco ao sistema bancário. Segundo a instituição, essa prática é que mais prejudica o consumo e o setor varejista.

“Não seria proibir o parcelamento sem juros. Seria simplesmente tentar que fique um pouco mais disciplinado. Não vai afetar o consumo. Lembrando que o cartão de crédito representa 40% do consumo no Brasil.”, avaliou Campos Neto.

Atualmente, os juros cobrados no rotativo pelas empresas de cartão de crédito são de 437% em média. Porém, há registros de algumas empresas que chegam a cobrar cerca de 1000%.

 

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